TÓQUIO – O governo japonês decidiu, nesta sexta-feira, aumentar o número de funcionários que cuidam do bem-estar infantil, após a morte recente de uma menina de 5 anos que implorou desesperadamente aos pais que parassem de maltratá-la.
Em medidas de emergência finalizadas em uma reunião ministerial na sexta-feira, o governo decidiu aumentar em 1,6 vezes o número de funcionários do bem-estar infantil para 3.253 em todo o país em abril do ano passado. Esses funcionários oferecem consultoria e apoio a crianças e pais.
O governo também determinou que a equipe de assistência social seja autorizada ao acesso domiciliar se os pais não permitirem que seus filhos sejam entrevistados. A polícia pode intervir para apoiar, se necessário.
O governo vai pedir aos municípios que compilem dados sobre crianças, como aquelas que não frequentaram o jardim de infância até o final de setembro.
A mudança ocorre após a morte de Yua Funato, em março, em Tóquio, que chocou o público depois que a extensão do abuso por sua mãe e padrasto veio à tona após a prisão do casal.
O casal foi preso e indiciado em junho por negligência que levou à morte da menina devido a septicemia causada por pneumonia. Yua pesava apenas 12 quilos quando foi encontrada morta, em comparação com o peso médio de 20 kilos para a idade.
A menina estava implorando para que seus pais parassem com o comportamento violento e abusivo escrevendo pedidos em um caderno e memorandos que a polícia encontrou em sua casa.