Este é um assunto que costuma surgir repentinamente na mesa do bar: afinal, o clima está mudando ou não? O aquecimento global é uma preocupação legítima ou apenas uma invenção dos governos para alcançar seus próprios objetivos obscuros? Quando tal tema é posto à mesa, é quase impossível que não saia pelo menos uma teoria da conspiração envolvendo a Nova Ordem Mundial ou algo do gênero.
Porém, contra fatos não há argumentos: inúmeras estatísticas — atingidas através de pesquisas científicas e observações que podem inclusive ser auditadas por você — provam que, sim, existe uma mudança climática em andamento. Sendo assim, separamos algumas evidências irrefutáveis para você usar contra aquele amiguinho que insiste em falar sobre os Illuminati.
1) A quantidade de CO2 na atmosfera está absurda
Para quem faltou a algumas aulas no ensino médio, CO2 é a fórmula do dióxido de carbono, um gás sem cheiro e sabor e expelido por máquinas que utilizamos diariamente — incluindo veículos motorizados. A liberação de CO2 é natural (os humanos fazem isso ao respirar, caso você tenha faltado a mais aulas do que pensávamos); o problema é o seu excesso, causado principalmente por queima de combustíveis fósseis.
Cientistas medem a concentração de dióxido de carbono como partes por milhão (ppm). Atualmente, essa medição já atinge a marca de 405,67 ppm — sendo que se estima que, há milhares de anos, quando os seres humanos ainda estavam “nascendo”, ela era de apenas 290 ppm. Quanto mais CO2 na atmosfera na Terra, maior é a temperatura do planeta — e é aí que entra o aquecimento global.
2) Os mares estão ficando (bem) mais altos
Calor e gelo não combinam — todo mundo que já fez um churrasco e tentou manter uma cerveja gelada sabe bem disso. Sendo assim, com o planeta ficando mais quente, as calotas polares vão se derretendo e se transformando em água, o que faz com que os mares subam de nível, engolindo cidades costeiras e — quem sabe, em um futuro distópico — uma metrópole inteira.
Acha que estamos brincando? O aumento dos mares é medido em milímetros por ano (mm/year, no original em inglês). A medição mais recente apontou uma taxa de 3,4 mm/year, sendo que, desde o século 19, as águas já ganharam 20 cm de “altura”. É bom ir aprendendo a nadar…
3) Está ficando insuportavelmente quente
Não, aquele calor absurdo que você sentiu esses dias não foi por acaso. O ano de 2016 foi considerado o mais quente já registrado na História, com uma temperatura global média 1,69 ºF (cerca de 16 ºC) mais alta do que aquelas do século passado. Além de o calor excessivo causar o derretimento das geleiras (que comentamos anteriormente), ele gera outros fenômenos, como ciclones, furacões e principalmente queimadas — que, por sua vez, aumentam o volume de CO2.
4) O gelo do Ártico e da Antártida está sumindo
Essas regiões, dominadas por geleiras gigantescas, estão prestes a sumir do mapa. Em janeiro de 2017, a extensão de gelo no Ártico era de 13,4 milhões sq km (square kilometers ou quilômetros quadrados), o que representa uma perda de 1,3 milhão sq km entre os anos de 1981 e 2010. Já a Antártida perdeu 0,6 sq km durante esse mesmo período, permanecendo hoje com 4 sq km.
Essa redução, além de causar o aumento no nível dos mares, afeta a fauna local, como focas, pinguins e até mesmo os famosos ursos-polares. Ou seja: também estamos estragando a moradia de quem não tem nada a ver com o assunto.