Que tal deixar a guerra da política brasileira de lado para ver as bizarrices de outras eleições? Enquanto a gente se engalfinhava no 1º turno das eleições de 2018, lá no Peru os cidadãos foram convocados para escolher governadores, conselheiros e prefeitos para o mandato de 2019 a 2022. E quem estava disputando diretamente as eleições? Lênis e Hitler! Calma, que a história é um pouquinho diferente…
Hitler Alba Sánchez, conhecido como “Hitler dos Andes” e “O Bom Hitler”, tentava um segundo mandato como prefeito de Yungar, uma cidadezinha a 422 km de Lima. Em seu caminho estava o eleitor Lênin Vladimir Rodríguez Valverde, que tentava por toda lei impedir a candidatura do rival, que já havia sido prefeito entre 2011 e 2014, com base em uma lei municipal que impedia reeleições. Esse não era o caso de Hitler, entretanto, já que ele ficou um mandato fora da prefeitura.
Obviamente, a coincidência dos nomes não passou batido. O Peru tem um histórico de nomes curiosos: na última eleição para presidente, os brasileiros foram à forra com a eleição de PPK, agora, porém, a brincadeira foi a nível mundial! Afinal, não é sempre que temos Hitler e Lênin em rota de conflito, não é mesmo?
Segundo o “Bom Hitler”, seu batismo com um nome tão incomum foi escolha de seu pai, que ouviu falar no nome do alemão sem saber das atrocidades que ele praticou em meados do século passado. Quando entrou na vida pública, seus amigos sugeriram que ele alterasse o nome, mas Hitler não quis, já que todos os conheciam dessa forma. No fim das contas, ele acabou eleito com 47,7% dos votos válidos para seu segundo mandato.