Aconteceu na província de Aichi, Okazaki, a denúncia de seis mulheres que sofreram assédio sexual no trabalho envolvendo um tantousha de 35 anos. O homem usava da posição superior no trabalho para assediar suas funcionárias, deixando-as sempre em situações constrangedoras. As moças tinham em torno de 16 a 27 anos, sendo algumas já casadas. Segundo as vítimas, o acusado se aproveitava do cargo para intimida-las. A maioria dos assédios foram feitos por mensagens de texto e olhares maldosos. Uma das vítimas alega que chegou a sofrer ameaças pelo rapaz, onde ele dizia saber o local de sua residência e que apareceria em sua casa, deixando-a com medo.
As vítimas se reuniram e reclamaram da atitude do tantousha para o responsável da firma, Vander Miya. Ele foi chamado na empresa e foi pedido para que parasse de mandar mensagens para as funcionárias e as deixassem em paz. Como não houve mudança em suas atitudes, Suelen Maya, uma das responsáveis pela firma empregadora das moças, acompanhou uma das vítimas até a delegacia. As demais, enviaram cartas à delegacia de Okazaki e todas abriram uma ocorrência contra o acusado. Ele foi intimado pela polícia e proibido de entrar em contato com qualquer uma das funcionárias. A fábrica que emprega as moças, demitiu e proibiu o acusado de entrar em qualquer uma de suas unidades espalhadas pelo Japão.
“Não admitimos esse tipo de atitude, por isso fomos à delegacia para que elas pudessem denunciar esse comportamento esdrúxulo. Hoje, infelizmente foi com elas, mas poderia ter sido com qualquer mulher, inclusive com alguma da minha família.” Disse o responsável pela empresa Vander Miya, que acompanhou todo o caso na delegacia.
Segundo o Departamento de Polícia de Okazaki, no Japão existem muitos perseguidores que sempre colocam suas vítimas em situações constrangedoras e isso é crime que deve ser denunciado, pois o acusado será advertido ou até mesmo preso, dependendo do assédio de perseguição. O policial entregou panfletos informativos às vítimas para orienta-las.
Caso você passe por situações similares, não deixe de recorrer à um órgão que possa te orientar como proceder.
Assédio sexual no trabalho é crime e deve ser combatido.
“Comigo foi olhares maldosos e um certo dia, na hora de entregar o vale, ele me entregou o envelope pegando na minha mão.” L. Vítima do assédio.
“Estava no sougei conversando com minhas amigas sobre meu relacionamento. Ele estava dirigindo e acabou ouvindo a conversa. Ele aproveitou a situação pra me mandar mensagem, especular assuntos íntimos da minha vida e dar palpite no meu casamento. Achei um absurdo, pois ele na posição de tantousha não tem nada a ver com a minha vida pessoal.” N.K. Vítima do assédio.
No Brasil, foi lançado uma cartilha com perguntas e respostas, que explicam detalhadamente como são os assédios sexuais no trabalho. “O silêncio da vítima não pode ser considerado como aceitação da conduta sexual”, alerta Ministério Público do Trabalho. A cartilha explica quando o assédio sexual no trabalho é considerado crime, como evitá-lo e como denunciá-lo. O documento na íntegra pode ser conferido
aqui.
Em uma das explicações da cartilha, existem variadas condutas que podem configurar assédio, mesmo sem contato físico. Essa prática pode ser explícita ou sutil, com contato físico ou verbal, como expressões faladas ou escritas, ou meios como gestos, imagens enviadas por e-mails, comentários em redes sociais, vídeos, presentes, entre outros.
Caso precise de ajuda ou informações sobre como fazer uma denúncia: