Um painel do governo japonês conduziu uma investigação e descobriu que ministérios e agências preencheram a mais o número de empregados portadores de deficiências. Esse número chega a 3.700 pessoas, segundo dados de junho do ano passado.
A equipe, formada por advogados e outros especialistas, começou a investigar o caso em setembro após revelações de que havia dados falsos de contratação de pessoas deficientes. O relatório sobre essas revelações foi divulgado nesta segunda-feira.
Escritórios do governo, assim como empresas privadas, são obrigados, por lei, a incluir uma certa porcentagem de pessoas com deficiências no seu quadro de funcionários. Contudo, o relatório diz que entidades do governo central interpretaram os regulamentos arbitrariamente e continuaram com a prática por muitos anos.
Diz-se que os números foram preenchidos de forma exagerada por 28 ministérios e agências, o que representa mais de 80% das entidades investigadas.
Segundo o documento, a Agência Nacional Tributária contou casos de depressão e outras enfermidades mentais como deficiências mesmo sem a apresentação de certificados de deficientes. Também cita que o Ministério dos Transportes, Infraestrutura e Turismo incluiu ex-empregados em sua cota. Um deles, segundo informes, deixou o emprego cerca de 10 anos atrás.