A aparição de formas geométricas em plantações, para alguns, está frequentemente associada à aterrissagem de espaçonaves alienígenas, ou a alguma forma de comunicação extraterreste. Basta uma série de imagens pipocar pela internet para que surjam inúmeras teorias da conspiração. Imagine o que as imagens de desenhos geométricos emergindo de uma floresta no Japão não causariam naqueles que querem acreditar?
Para a decepção de muitos, o desenho formado por esses grandes e maduros cedros japoneses tem uma explicação bem humana por trás… Buscando aprender mais sobre o espaçamento entre árvores e seu efeito no crescimento delas, cientistas deram início a um projeto experimental de reflorestamento, em 1973.
Foram plantados círculos de cedro em uma área próxima a cidade de Nichinan, na província de Miyazaki. Ao longo dos dez anéis de árvores, os pesquisadores colocaram diferentes espaçamentos entre as mudas.
Mais de 40 anos depois, o resultado não poderia ser mais claro: os círculos internos, com espaço menor entre as plantas, apresentaram árvores mais baixas. Quanto menor a densidade, ao longo dos círculos externos, maior o tamanho atingido pelos cedros. Além do círculo, visualmente, o resultado é uma forma côncava.
Com mais espaço entre os cedros, há menos competição por recursos como água e luz do sol, o que permite que um desenvolvimento melhor das árvores. A diferença de altura entre as plantas menores e maiores, segundo o Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas do Japão, chegou a cinco metros.
Com o fim do experimento, a ideia era que as árvores fossem derrubadas, no entanto, os realizadores do experimento não poderiam ter previsto um resutado tão bonito! Há uma chance de os cedros serem preservados, e talvez até transformados em atração turística.