Todo mundo tem um pitaco em sua vida. Mas já reparou como você também gosta de dar pitaco na vida dos outros?
Neste texto vamos entender duas perspectivas sobre dar opinião sobre tudo na vida dos outros e sobre receber e lidar com a opinião sobre tudo de todos.
Abordado por um ponto de vista cultural, você recebe “conselhos” a vida inteira. De geração em geração, familiares interferem diretamente no futuro de pessoas sobre com o que trabalhar, o que ser quando crescer, com quem casar. Famílias querem passar suas tradições adiante. E não, isso não deixou de existir com o passar dos anos e virou coisa do século passado.
Talvez hoje a família e suas opiniões tenham menos pressão, e causem menos impactos do que as opiniões das massas.
Os padrões existem, e hoje muito se fala em quebrar padrões, mas lá no fundo é muito mais complicado do que parece.
Está enraizado no ser humano seguir padrões, referências. Desde crianças, recebemos educação dos pais, que nada mais é do que um padrão a seguir.
Agora conheça a revolução dos palpites. Relembre que ao ver revistas antigas você lia fofocas, notícias, e tirava suas próprias conclusões. Poderia até conversar sobre em sua roda de amigos, vizinhos.
Com o passar dos anos e o avanço da comunicação, a vida se tornou o verdadeiro “você decide”, lembra do programa, onde você decidia o final da história?
Inverta os papeis, porque hoje, as pessoas querem decidir sua história por você. Os bem-intencionados chamam de conselhos, mas também existe um ditado popular sobre isso, não é?!
Agora é preciso estar preparado para lidar com a influência do externo. Conviver com os mais diversos pitacos, e voltar a descobrir como tomar suas próprias decisões, porque garanto que algumas delas você já realizou em função apenas de alguém que lhe deu um conselho, não porque queria de verdade.
Quando você tem certeza do seu propósito, do que está fazendo, do que executa em sua vida profissional ou pessoal, as opiniões dos outros não precisam receber importância.
Mais fácil falar do que fazer. Pode ser, mas, na verdade, você está condicionado a se importar com o que vão pensar, desde criança. Se as pessoas fizessem o que de fato elas falam para os outros fazerem, como seria o mundo?
Agora olhe por outra perspectiva, a de quem também julga e tem opiniões sobre um todo. Você as guarda para si? Você dá pitaco na vida de todos? Dos mais próximos até os mais distantes? É muito estranho se olhar dessa forma, trocando os papeis. Na verdade, isso se chama empatia, e é o que as pessoas deveriam sentir mais uma pelas outras.
Garanto que, nesta altura da leitura, você custará a aceitar que talvez seja a pessoa que dá pitaco em tudo na vida de alguém, que em algum momento se considera melhor que o outro, e sente a necessidade de explorar isso. Não sinta vergonha ao se ver nesse papel, faça uma reflexão do que você pode guardar para você.
Reflita se você deseja verdadeiramente o bem dessa outra pessoa ou apenas quer dar esse conselho por ego.
Comece por você sair do círculo vicioso dos julgamentos e críticas vazias, e assim outras pessoas podem de fato se inspirar em suas ações e não em suas palavras. Inspire mais do que dê pitacos!