Para os ocidentais a tatuagem é mais um conceito de beleza e até de moda, mas para os japoneses é sinal de ofensa, pois existe o estigma que as tatuagens representam para eles.
Durante o período Edo (1603-1868) havia uma punição por crimes menores (roubo ou furto) em que se tatuava o centro da testa do criminoso, e na maioria das vezes, a pena era acompanhada de expulsão do território.
Atualmente a tatuagem também é muito relacionada aos membros da Yakuza, a famosa máfia japonesa, ou pessoas ligadas a grupos criminosos.
Devido ao estigma social que a tatuagem representa no Japão há muitos locais, principalmente piscinas públicas e parque de águas termais que eles proíbem a entrada de pessoas com tatuagem.
Muitos turistas estrangeiros que visitam o Japão ficam surpresos ao verem cartazes de “proibido tatuagens” em piscinas, praias e estâncias termais (onsens), onde é impedido o acesso de pessoas tatuadas ou é exigido que os desenhos sejam cobertos com roupas ou bandagens.
Não existe uma lei que condena as tatuagens aparentes. O que curioso é que o Japão tem os melhores tatuadores e um traço cultural muito forte nas tatuagens de corpo inteiro, chamadas de irezumi.
Os Ainu, um povo indígena do norte do Japão, tradicionalmente tinham tatuagens faciais, assim como os austro-asiáticos.
Apesar do estigma social que existe no Japão, a tatuagem está aos pouco sendo difundida no país. Pois há aproximadamente, cerca de três mil estúdios legalizados no país, sendo que havia somente 300 a vinte e sete anos atrás.
Os japoneses estão entendendo que a tatuagem para os ocidentais não tem relação com a yakuza, mas uma questão de estilo ou moda.
Devido as restrições e pelos transtornos causados pela tatuagem, foi inventado no Japão um adesivo que permite esconde-la.
Esse adesivo é da marca Fandeishon Teipu (ファンデーションテープ) e pode ser encontrado em drogarias e também pela internet.