Nosso universo é um grande quebra-cabeça. As peças são as pessoas que cruzam nosso caminho ao longo da vida.
Sempre achamos que temos a razão em tudo. Podemos até mesmo dizer que não, que sabemos que não temos, mas o fato é que mentimos para nós mesmos.
O orgulho que faz parte de nossa personalidade pode nos afastar das pessoas mais incríveis que encontramos pela vida afora.
Há pessoas que buscam, nos relacionamentos, encontrar a “pessoa certa”. Aquela que “vai combinar”. Que pessoa será essa?
É fato que alguma semelhança temos que ter. Comparando pessoas com um quebra-cabeça, perceberemos que as peças têm de fazer parte do mesmo jogo. No entanto, é necessário que tenham recortes que as fazem diferentes umas das outras, porém se encaixam perfeitamente, completando o todo de maneira harmônica.
Buscar alguém igual a nós demonstra nosso egoísmo e orgulho de nos acharmos melhores, afinal a pessoa terá sempre de parecer conosco.
O pior é que nem nós mesmos nos conhecemos a fundo, então como vamos querer uma pessoa igual a quem não temos pleno conhecimento?
Muitas vezes, percebemos, por exemplo, que temos reações das quais nos arrependemos posteriormente. Se nos conhecêssemos totalmente, jamais nos arrependeríamos de nada, pois nossas atitudes sempre seriam pensadas e pesadas. Saberíamos como nos comportar diante de determinadas situações e teríamos a reação de acordo, sem depois nos questionarmos da razão pela qual a tivemos.
Ter autoconfiança é bom, mas ter a perfeita noção da nossa incapacidade de sermos perfeitos, torna-nos humildes e aptos e recebermos em nosso convívio, a que nível for, pessoas totalmente diferentes de nós, mas totalmente perfeitas para se encaixarem no quebra-cabeça do qual fazemos parte.
Nosso universo é esse grande quebra-cabeça. As peças são as pessoas que cruzam nosso caminho ao longo da vida. Às vezes, um pedacinho amassado da outra peça não impede de encaixá-la e fazer o jogo continuar com mais simplicidade, menos orgulho e mais felicidade.
Afinal, com mais de sete bilhões de pessoas no planeta, será que aquela pessoa entrou na nossa vida à toa?