O otimismo não somente torna a vida mais agradável, como também é um grande aliado para a saúde mental e física. Ademais, essa característica é uma carta coringa nas relações interpessoais e uma ferramenta extremamente necessária quando enfrentamos problemas graves.
No entanto, manter-se otimista não é tarefa fácil, sobretudo em um mundo onde há conflitos o tempo todo e em qualquer lugar — desde discussões de bar até guerras civis sérias. A pergunta clássica que todo mundo já teve que responder alguma vez na vida é: você enxerga o copo meio cheio ou meio vazio?
Muitos acreditam que a juventude é mais propensa a ser otimista e que, com o passar dos anos, as pessoas tornam-se mais céticas e desacreditadas. Mas será que isso é verdade? A resposta é negativa, segundo um estudo publicado na revista Social Pysichological and Personality Science.
A pesquisa envolveu mais de 1.000 voluntários de origem mexicana, dentro da faixa etária de 26 a 71 anos. Os participantes foram analisados por 4 vezes ao longo de sete anos, utilizando um teste para medir o otimismo. Nas observações, os estudiosos determinaram alguns itens que mensuravam eventos negativos e positivos da vida.
Na primeira análise, uma escala baseada em “concordar totalmente” a “discordar totalmente” foi utilizada para que os voluntários se posicionassem diante de frases como “em tempos de incerteza, eu geralmente espero o melhor”. Perguntas específicas também eram feitas para medir eventos negativos e positivos: “Nos últimos três meses, você foi demitido?” ou “No ano passado, você desenvolveu alguma amizade que seja importante para você?”.
Diante das respostas, a equipe percebeu que o otimismo — assim como a satisfação e a autoestima — parece aumentar no início da idade adulta até a meia-idade e, a partir de então, se estabiliza.
É válido ressaltar que o otimismo faz parte de um ciclo: ao passo que ele é influenciado pelo o que vivemos, também consegue interferir na percepção que desenvolvemos sobre o mundo. Portanto, esse assunto tem um grau de complexidade muito elevado. “Como esse é apenas o quarto estudo sobre o desenvolvimento do otimismo, mais pesquisas serão necessárias para entender melhor sua natureza e dinâmica.”, escreveram os autores do estudo.