Os Estados Unidos baniram a Huawei de seu país e dificultaram negócios com empresas de tecnologia chineses. Poderia até ser comum pensar que a China faria uma retaliação, banindo a Apple e fechando seu mercado. Mas isso não vai acontecer.
Apesar de a China definir tarifas sobre US$ 60 bilhões em exportações norte-americanas, a ideia de a Apple sair do país parece longe. Obviamente, houve preocupação e até analistas da Goldman Sachs avaliaram o dano de tal banimento: a Apple sofreria um corte de mais de US$ 17 bilhões em seu orçamento, ou cerca de 29% de seu lucro líquido em 2019.
A questão aqui é a seguinte: tirar a Apple da China seria ruim para a própria economiza chinesa. A fabricante estadunidense injeta caminhões de dinheiro no país, principalmente em empresas como Foxconn e Pegatron, responsáveis pela fabricação do iPhone. Fora da China, a Apple teria que construir plantas em outros países, lidar com demissões em massa e ainda cortar a produção por um período de tempo.
Podemos ainda notar que, quando falamos em mercado de consumo, a Apple é inexpressiva na China: 7% de todo o mercado são iPhones. Ou seja: a questão da Maçã na Ásia tem força nos laços comerciais de produção.
Como nota o PhoneArena, apesar de tudo isso, a política atual incerta. Após sanções do presidente norte-americana Donald Trump e tensões políticas crescendo, uma atitude drástica ainda poderá ser tomada.