A imigração japonesa para o Brasil começou em junho de 1908, em Santos. De lá para cá, entre as muitas tradições e costumes trazidos pelos imigrantes, a culinária do Japão é uma das mais populares em todo o país. O tradicional sushi, feito à base de arroz cozido e temperado com vinagre, pode ter uma série de recheios e “coberturas”, além de contar com algumas curiosidades:
1. Para todos os gostos
Embora muitos confundam o sushi com peixe cru, há vários tipos que nem levam esse animal no preparo! Alguns deles são: o chirashizushi, que significa sushi espalhado e consiste no arroz servido em uma tigela com uma cobertura de vegetais e outros ingredientes; o inarizushi, feito com arroz e tofu frito; o makizushi, os conhecidos rolinhos que levam recheios variados; e o narezushi, uma espécie de sushi fermentado.
2. Origem asiática
Embora o sushi atualmente esteja atrelado à culinária japonesa, o narezushi, que deu início ao prato, já era consumido no sudeste da Ásia e suas origens remetem à China. O estilo de sushi que consumimos hoje foi inventado por Hanaya Yohei, no Japão em 1800.
3. Uma forma de preservação
O sushi foi inicialmente desenvolvido como uma forma de preservar os alimentos. O arroz fermentado envolvia o peixe e poderia preservá-lo por até 1 ano! Então, comia-se o peixe descartando o arroz. Apenas no século XVI, com a variante namanarizushi, passou-se a consumir o arroz avinagrado.
4. Para consumo imediato
Se em suas origens o sushi podia ser consumido após algum tempo, hoje a iguaria deve ser ingerida imediatamente. Caso fique armazenado, ele perde o sabor e acaba azedando.
5. Recheado de saúde
Ômega-3, iodo e vitaminas A e D são alguns dos elementos encontrados no sushi. Por consequência, o prato pode ajudar na prevenção do hipotireoidismo e ainda faz bem para a pele, o coração e o sistema imunológico.
6. Com as mãos
Se você não é muito fã do hashi, aquelas varetinhas comumente usadas para pegar a comida, vai ficar feliz em saber que pode comer o sushi com as mãos. Na verdade, era tradição o prato ser consumido dessa forma.
7. Sushi em extinção
O atum-rabilho é um dos peixes mais caros que pode ser utilizado para fazer o sushi. Em perigo de extinção, a espécie é protegida e considerada o “atum dos atuns”. Excessivamente pescado, a população desse animal no Atlântico Ocidental reduziu consideravelmente desde os anos 70.
8. Lanche rápido
Mesmo com sua popularização no Brasil, a iguaria não é uma comida que possa ser considerada barata. Os altos preços, no entanto, nem sempre se aplicaram ao prato: o sushi moderno, nascido em Tóquio, era vendido em carrinhos pelas ruas. Visto como uma forma de lanche rápido, ele não custava tão caro.
9. Um terremoto muda tudo
A forma como o sushi é visto muda em 1923, depois de um terremoto de proporções avassaladoras em Tóquio. Após a tragédia, o valor dos imóveis na cidade caiu significativamente, permitindo que os donos dos carrinhos dessa comida adquirissem restaurantes. Até 1950, o prato, antes servido na rua, passou a ser encontrado – em sua maioria – em lugares fechados.
10. Tradição até no corte
As facas japonesas são conhecidas por terem suas origens nas espadas samurais, ou seja, as técnicas utilizadas para forjá-las derivam dos métodos de fabricação das milenares espadas. Tradicionalmente, o preparo do sushi pede o uso dos utensílios tradicionais, já que na culinária japonesa fazer a comida é parte importante. Assim, são utilizadas de cinco a sete facas diferentes.