Tóquio é a capital japonesa e muitas pessoas do Brasil e do mundo todo tem vontade de conhecer essa cidade, considerada uma das mais populosas do mundo. Existem muitos filmes que tem Tóquio como pano de fundo. Esses filmes oferecem uma visão mais profunda da alma da cidade, que nem sempre é bonita, mas infinitamente sedutora.
Confira abaixo alguns filmes que abordam um pouco a capital japonesa. Se você já assistiu alguns deles, deixe sua opinião e fique à vontade para sugerir outros sobre o tema.
1. Tokyo Sonata (2008)
O filme Tokyo Sonata conta a história da luta de uma família que vive nos subúrbios de Tóquio após o pai ser demitido de seu emprego em uma importante empresa. Quando o patriarca opta por manter sua demissão em segredo, a luta para manter uma fachada de normalidade inevitavelmente dá lugar a tumultos emocionais e desgostos entre os membros da família.
Tokyo Sonata oferece uma visão pungente dos muitos problemas que a cidade enfrentou após a explosão da bolha econômica dos anos 80. Ganhou o prêmio de Melhor Filme no 3º Asian Film Awards e o Prêmio do Júri da seção Un Certain Regard no Festival de Cannes de 2008.
2. Tokyo Story (1953)
Tōkyō Monogatari foi dirigido por Yasujirô Ozu. No Brasil, recebeu o título de “Era Uma Vez em Tóquio no Brasil”. Conta a história de um casal de idosos que viaja para Tóquio para visitar seus filhos adultos. No filme, o comportamento dos filhos deles, ocupados demais para prestar atenção nos pais, é contrastado com o da nora viúva deles, que os trata com carinho.
É considerado a obra-prima de Ozu, tendo aparecido diversas vezes nas listas de melhores filmes de todos os tempos do British Film Institute. Tōkyō Monogatari inspirou o filme Kirschblüten – Hanami (2008) da diretora alemã Doris Dörrie. Em 2013, Yōji Yamada fez um remake sob o título de Tōkyō Kazoku (Uma Família em Tóquio).
3. Tokyo! (2008)
Esta antologia única combina alguns dos melhores talentos do mundo do cinema (incluindo o autora coreana Boon Jong-Ho e o queridinho Arthur Gondry) com histórias curtas que oferecem uma visão sobre como é viver e visitar Tóquio durante os dias atuais.
Surreal e divertida, a abordagem inusitada do filme oferece uma visão surpreendentemente da vida na cidade. Três histórias com a capital japonesa como pano de fundo. Na primeira, uma mulher passa por uma metamorfose. Na segunda, uma bizarra criatura aterroriza a cidade. E, na terceira, uma entregadora de pizza desmaia na porta de um homem que vive isolado.
4. Like Someone in Love (2012)
As filmagens de Like Someone in Love foram realizadas em Tóquio e Yokohama. No Brasil, recebeu o título “Um Alguém Apaixonado”. Conta a história de Akiko que ganha a vida como prostituta em Tóquio, enquanto estuda sociologia, e esconde seu trabalho do namorado.
Uma noite, visita um viúvo que se torna mais do que um cliente, servindo como seu único apoio durante os longos dias. Com um tom sereno e meditativo que envolve o espectador, evoca sentimentos familiares e misteriosos. Um filme convincente e inesquecível. Dirigido por Abbas Kiarostami, o filme foi indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2012.
5. Tenten (2007)
O filme foi baseado no livro homônimo de Yoshinaga Fujita e dirigido e adaptado por Satoshi Miki. Em inglês recebeu o título de “Adrift in Tokyo”. O filme conta a história de duas pessoas apaixonadas pela vida, que se unem graças a uma jornada de andar pela cidade juntos.
Fluindo com humor japonês, muitas referências culturais e momentos suaves, o filme conta a história de um cobrador de dívidas chamado Fukuhara enviado para cobrar uma dívida de Takemura, um universitário azarado. Mas Fukuhara faz uma proposta à Takemura, dizendo que vai perdoá-lo se ele simplesmente der um passeio com ele através de Tóquio.
6. Bounce KO Gals (1997)
Bounce KO Gals é um filme dirigido por Masato Harada. Ganhou o prêmio de Melhor Filme pelo Blue Ribbon Awards. Trata-se de um filme que aborda um dos aspectos mais sombrios da vida noturna de Tóquio, abordando-o do ponto de vista da subcultura japonesa Kogal.
Três amigas colegiais flertam com homens de meia idade para tirar dinheiro deles para sustentar seus estilos de vida e para um deles financiar seus estudos nos Estados Unidos. Esta prática é chamada de “enjo kosai“, onde garotas colegiais são pagas por homens mais velhos para acompanhá-los em saídas e as vezes prestar-lhes serviços sexuais.
7. Densha Otoko (2005)
Densha Otoko foi um filme escrito por Arisa Kaneko, e baseado no livro original de Hitori Nakano. Foi produzido por Minami Ichikawa e Hiroyoshi Koiwai e dirigido por Shosuke Murakami. Em inglês recebeu o título de “Train Man” e foi um grande sucesso nas bilheterias.
O filme aborda a cultura otaku e tem Akihabara como plano de fundo, um distrito famoso em Tóquio devido aos maid cafés, lojas de mangá / videogame e produtos eletrônicos. O filme segue o enredo do dorama: O protagonista principal salva uma jovem de um bêbado no trem. A jovem envia-lhe um conjunto de xícaras de chá Hermès como um agradecimento.
8. Tampopo (1985)
Tampopo foi dirigido por Juzo Itami e a trilha sonora foi composta por Kunihiko Murai. O filme ganhou o prêmio Japan Academy Prize – Melhor Mixagem de Som, No Brasil, o filme recebeu o título de “Tampopo – Os Brutos Também Comem Spaghetti”.
A história gira em torno de Goro, um caminhoneiro que pára em uma pequena loja de ramen e descobre que o macarrão de lá não é tão bom assim. Ele decide ajudar a proprietária, Tampopo, ajudando-a a descobrir o segredo para fazer ramen incríveis.
9. Akasen chitai (1956)
O filme Akasen chitai foi dirigido por Kenji Mizoguchi. Em inlês recebeu o título de “Street of Shame” (A Rua da vergonha). O filme é baseado no romance Susaki no Onna de Yoshiko Shibaki. Em julho de 2018, foi selecionado para ser exibido na seção Clássicos de Veneza no 75º Festival Internacional de Cinema de Veneza.
São os contos pessoais de várias mulheres japonesas de diferentes origens que trabalham juntas em um bordel de Tóquio chamado Dreamland. Foi o último filme de Mizoguchi.
10. Tokyo Olympiad (1965)
Apesar de se tratar de um documentário, Tokyo Olympiad ão poderia ficar de fora desta lista. Dirigido por Kon Ichikawa, o documentário explora as Olimpíadas de verão realizadas em Tóquio em 1964. Os Jogos foram altamente simbólicos e importantes para o Japão, marcando a recuperação do país e retornando ao cenário mundial após a derrota da Segunda Guerra.
Muitos recursos foram utilizados em sua produção pois o governo japonês queria apresentar o Japão como uma nação industrial modernizada. Ichikawa, no entanto, tomou consideráveis liberdades artísticas com seu trabalho e criou o que é considerado por muitos como a melhor representação cinematográfica do espírito humano dos Jogos Olímpicos.
11. Tokyo Pop (1988)
Tokyo Pop de Fran Rubel Kuzui oferece uma visão interessante de Tóquio no final dos anos 80. Sombreado pelo excesso da era, o surgimento da globalização e a erosão da cultura local, ‘Tokyo Pop’ oferece uma visão de quem acaba de sair do aeroporto de Narita, sem saber uma palavra de japonês e sair para dar sentido à agitada metrópole que é Tóquio.
O filme conta a história de uma garota americana, um garoto japonês e uma banda pop de sucesso. O filme contrasta os costumes americanos com os estilos de vida de Tóquio, uma vez que apresenta uma história de amor em evolução entre os dois personagens principais.
12. Tokyo Girl (2008)
Tokyo Girl foi escrito por Makoto Hayashi e dirigido por Kazuya Konaka. Conta a história de Miho, uma estudante do ensino médio, se recusa a aprovar o potencial marido de sua mãe viúva quando eles se encontram em um restaurante. Quando ela sai do restaurante, ela deixa cair o celular. No momento, ocorre um terremoto e ela deixa o celular cair na escada.
O telefone é encontrado por Tokijiro, um garoto que vive em 1912. A ocorrência de um terremoto no Japão não é incomum. O que seria, no entanto, é a existência de um buraco no tempo e a passagem de um telefone através do qual duas pessoas – com cem anos de diferença – podem se comunicar. Quando uma estudante entra em contato com um aspirante a escritor, que estuda com o poeta e romancista Soseki Natsume, o mais improvável dos romances acontece.
13. Tokyo Kazoku (2013)
Tokyo Kaziku é um filme dirigido por Yōji Yamada, sendo um remake do filme japonês Tokyo Story. Em português recebeu o título de “Uma Família em Tóquio”. No filme, um casal idoso que mora em um vilarejo no Japão decide tomar um trem e visitar os filhos adultos em Tóquio.
Chegando no local, eles descobrem que os filhos levam vidas muito ocupadas e diferentes das suas, e que não têm tempo para dedicar aos seus pais. Apenas uma morte trágica reunirá todos, permitindo que conversem e descubram porque se afastaram tanto uns dos outros.
14. Godzilla (1954)
Godzilla é um clássico do cinema japonês, dirigido por Honda Ishiro. É considerado o precursor de filmes de monstros ou kaiju eiga. Honda Ishiro e Toho fizeram um filme que permaneceu no imaginário coletivo por muitas décadas, e que rendeu até mesmo um remake em 2014.
No filme, um gigantesco réptil que possui cerca de 50 metros de altura é revivido após os testes nucleares realizados pelos Estados Unidos. Além do tamanho e força, a fera possui um sopro radioativo mortal e destruidor que usa para atacar a cidade de Tóquio, dizimando tudo o que encontra pela frente em uma fúria mortal.
15. Tokyo Drifter (1966)
O filme Tokyo Drifter (Tōkyō nagaremono) foi dirigido por Seijun Suzuki. A maior parte do filme acontece em Tóquio, mas retrata a cidade de maneira altamente estilizada. O filme conta a história de Tetsuya Watari, um assassino reformado da yakuza “Phoenix” Tetsu, que é forçado a vagar pelo Japão, evitando a execução por gangues rivais.
A sequência de abertura consiste em uma mistura de imagens da metropolitana Tóquio. O filme abre em preto e branco estilizado, que se torna vibrante em todas as cenas subsequentes, que serviu para representar Tóquio após os Jogos Olímpicos de 1964.
16. Lost in Translation (2003)
Lost in Translation foi dirigido por Sofia Coppola, filha do realizador Francis Ford Coppola. Em português, o filme recebeu o título de “Encontros e Desencontros”. O título “Lost in Translation” refere-se a dificuldade das personagens de serem compreendidas na cidade de Tóquio, mesmo nos momentos em que estão na companhia de tradutores.
No filme, um ator solitário chamado Bob Harris e uma recém-casada, Charlotte, se encontram em Tóquio enquanto Bob filma um comercial e Charlotte acompanha seu esposo, um fotógrafo de celebridades. Estranhos em uma terra estrangeira, os dois encontram distração, fuga e compreensão entre as luzes de Tóquio após um encontro casual no bar do hotel.
Fonte: Japão em Foco