O aluguel de temporada se consolidou como uma alternativa aos hotéis no mundo todo
Isso aconteceu basicamente pelo surgimento do Airbnb e depois de vários outros sites como Trip Advisor Rentals, e outros, para alugar apartamentos e casas para temporada.
Airbnb
Criado em 2008 nos Estados Unidos, ele revolucionou o esquema de aluguel de apês e casas para viajantes mundo afora – hoje são mais de 2 milhões de imóveis cadastrados, que vão de casas de campo a castelos. Ele tem a interface mais bonita de todas, avaliações de outros hóspedes, descrição bem completa do imóvel, fotos lindas (os caras oferecem um fotógrafo profissional de graça para quem está alugando), um mapinha com a localização do imóvel e às vezes até um mini guia da região. Super profissa. Também dá ênfase para o perfil do proprietário, que tem descrição, fotinho e avaliações.
A grande diferença em relação àqueles sites de classificados que você já usava para alugar casa de praia com a família no fim do ano é que esses sites fazem toda a intermediação de pagamento e contato entre proprietários e hóspedes (te protegendo dos problemas que isso poderia envolver), além de facilitar a busca (com localização, preço e filtros como se há máquina de lavar roupas, elevador e estacionamento), colocar avaliações de outros hóspedes, criar perfis para os anfitriões. No geral, o processo de aluguel ficou fácil como o dos sites de reserva de hotel: você seleciona as datas, escolhe o local, manda uma mensagem para o anfitrião e depois digita o número do cartão de crédito para pagar. Veja mais aqui sobre alugar apartamento no Airbnb e em outros sites.
Quais as vantagens de alugar apartamento no Airbnb e em outros sites?
A economia
Você estando em grupo ou casal (mas principalmente em grupo), quase sempre vai sair mais barato ficar num apê, ainda mais em cidades com hotelaria super inflacionada, tipo Paris e Nova York. Em Paris por exemplo, dificilmente você acha um hotel decente por menos de € 120 (preço da diária para DUAS PESSOAS). Enquanto no Airbnb tem loft no Marais por € 47, flat no Quartier Latin por € 57, studio com vista para a Torre Eiffel por € 80, apê para quatro hóspedes perto da Catedral de Notre Dame por € 140. Mas não só lá: vale olhar o site para aquele fim de semana em Kyoto, o casamento de um amigo em Tokyo, as férias com a família em Okinawa, a lua de mel na Tailândia. Em cidades turísticas em que as pousadas são caras, quase sempre você vai encontrar um apartamento super em conta. Isso fora a economia com refeições, já que você pode comprar ingredientes e cozinhar em casa.
A pegada: ~viver como um local~
A experiência nesse sentido é bem bacana. Ficar num prédio com outros locais, comprar comidinhas na feira mais próxima, cozinhar, lavar roupas (ajuda quando a viagem é longa). Sentir que, pelo menos por aqueles dias, você realmente mora ali. Em alguns casos você pode ter contato pessoal com o anfitrião, receber dicas e até fazer amigos.
O espaço
Se alugar apartamento no Airbnb ou outros sites, diferente de um hotel, você não terá só um cômodo (muitas vezes apertado), e sim sala, cozinha, varanda, escritório…
E as desvantagens?
A falta de serviços
Nada de spa, concierge, bufê de café da manhã, monitores pras crianças, comida servida no quarto. E no check-out o proprietário pode não querer que você deixe suas malas ali até a hora do voo de volta. Já existem alguns sites que oferecem alguns serviços, mas nunca será a mesma coisa que um hotel.
Os quiprocós
Mesmo com todos os cuidados na hora de alugar, pode dar problema? Pode. O proprietário pode atrasar para te dar a chave no check-in e você ficar cheio de malas no meio da rua, seu voo pode atrasar, você não chegar no horário combinado e ter algum problema de contato, pode ter uma obra do lado com britadeiras o dia todo, o apê pode não estar super limpo, pode faltar algo que foi prometido na hora da reserva. Os sites não resolveram esses probleminhas de contato pessoal que existiam quando a gente alugava casa na praia com os tios no fim do ano e muito provavelmente vão sempre continuar existindo. O negócio é que agora você pode recorrer ao atendimento do Airbnb para resolver a questão.
Dicas de ouro pra alugar apartamento no Airbnb
SELEÇÃO CUIDADOSA
Alguns sites, como o próprio Airbnb, oferecem gratuitamente um fotógrafo profissional para quem está anunciando, por isso, desconfie das fotos assim como faria com um hotel. Consulte as avaliações feitas por outros hóspedes – os sites têm ferramentas para tentar impedir resenhas elogiosas “fake”, mas o melhor jeito de se proteger é lendo muitas, pelo menos dez. E use e abuse da ferramenta “Street View” do Google Maps para checar o endereço e observar a cara da vizinhança. Itens importantes a serem analisados ao alugar apartamento no Airbnb e outros sites:
– o calendário do anfitrião está atualizado? (com as datas em que é possível reservar e as que não?). Se não, não reserve antes de contatá-lo. Se estiver procurando para feriados e festas de fim de ano, o preço raramente vai ser igual ao anunciado, principalmente aqui no Brasil.
– qual a taxa de resposta do proprietário? (a rapidez e a frequência com que ele responde o contato de possíves hóspedes)? Quanto mais alta melhor.
– os anfitriões são verificados pelo site? No Airbnb os melhores hosts são chamados “superhosts”.
– quantas avaliações eles tem? Repare se tem alguma reclamação constante nelas. No Airbnb, se falta uma estrelinha em “limpeza”, eu pulo.
– eles tem outros apartamentos pra alugar no perfil deles? Tem pessoas que administram um monte de imóveis (às vezes delas mesmo, às vezes de uma imobiliária, às vezes dos amigos). Não significa que a experiência é pior, pode até ser mais profissional, mas aí não rola o contato pessoal com o anfitrião que muitas vezes é bacana.
ALERTA PARA TAXAS
Variam de acordo com o site – leia com atenção pra entender quanto cobram de comissão e pela limpeza.
EVITE CONFUSÃO
Se o proprietário sugerir que vocês fechem a estadia “por fora”, lembre-se de que é justamente a intermediação do site que te garante segurança e assistência. Se você tiver algum problema, não vai ter como recorrer.
CONVERSE COM O PROPRIETÁRIO
Ao lugar apartamento no Airbnb e em outros sites, no contato com o anfitrião já dá pra ter uma ideia se a pessoa é organizada, se já está acostumada a receber hóspedes, se vai te receber bem. Aqui é também um espaço para negociar o preço das diárias, principalmente em períodos disputados como feriados – pechinche sem medo. Veja o perfil da pessoa e os comentários de outros viajantes. E lembre-se sempre de combinar direitinho a hora prevista para sua chegada e pedir um telefone para contato caso algo mude de última hora. Se algo não te satisfazer durante a estadia, recorra primeiro ao proprietário e explique a situação. A Anna, por exemplo, teve problema com percevejos (em inglês, “bed bugs”) no apê dela em Nova York, e, pela política do Airbnb, não há reembolsos nesses casos. Porém, ela conversou com a proprietária e ela concordou em devolver metade do dinheiro da estadia.
NA CHEGADA
Se algo der errado no primeiro contato com o proprietário assim que chegar no destino, não se desespere, acontece. Tenha consciência de que talvez você precise fazer uma ligação e já adquira um cartão telefônico ou chip local no aeroporto. E não hesite em entrar em contato com a central de atendimento do site de aluguel (fique com o número à mão também) para que eles resolvam seu problema. Em último caso você pode pedir uma recolocação em outro imóvel. Não saia correndo para um hotel achando que você terá as diárias reembolsadas, é muito difícil isso acontecer.