É possível que você já tenha visto, ao vivo ou em algum programa, um músico identificando e falando de bate pronto as notas de uma melodia ou de uma música apenas ouvindo seu som. Pode até parecer sobrenatural, mas é “apenas” uma capacidade de audição, digamos, aguçada: o ouvido absoluto.
Essa condição permite que a pessoa reconheça com precisão a frequência de cada som e identifique e nomeie tons específicos de cada música. Entre as habilidades estão: nomear notas de sons domésticos, identificar notas diversas tocadas simultaneamente e reproduzir completamente e perfeitamente uma música sem necessidade de partitura, memorizando-a em uma única tentativa. Mas, não é tão comum ter o ouvido absoluto, apenas uma em cada 10 mil pessoas possuem essas habilidades.
Como isso acontece?
Teorias para explicar os motivos pelos quais algumas pessoas conseguem realizar esses feitos não faltam e também não há uma verdade incontestável sobre as origens do ouvido absoluto. Havia duas teorias para explicar a habilidade: dom inato e treino para desenvolvimento. Na primeira, como o nome sugere, a pessoa nasceria com o dom do ouvido absoluto. Na segunda, haveria um “período crítico”, entre os três e seis anos de idade, no qual com uma preparação adequada seria possível desenvolvê-lo. Porém, pesquisa recente sugere que existe uma explicação genética para o ouvido absoluto.
Há diversos músicos reconhecidos que tinham ou têm ouvido absoluto. Entre eles estão: Frank Sinatra, Ray Charles, Ella Fitzgerald, Julie Andrews, Jimi Hendrix, Michael Jackson, Freddie Mercury, George Michael, Mariah Carey, Shakira, Lea Michele, Luciano Pavarotti, Kofi Burbridge, Mozart, Beethoven, John Philip Sousa, Charlie Puth e Stevie Wonder.