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Por dentro da mente de um piloto kamikaze

Por dentro da mente de um piloto kamikaze
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Kamikaze, traduzido como “Vento Divino”, fez parte de uma estratégia lançada em 1944 durante a II Guerra Mundial, onde 2.500 pilotos de caça japoneses mergulharam do céu, com nomes míticos como “sol da manhã” e “montanha de flores de cerejeira”, lançando-se contra as forças norte-americanas.

Em nome do orgulho imperial, os Kamikaze afundaram dezenas de navios dos EUA, matando quase 5.000 marinheiros americanos. O termo “Kamikaze” faz alusão às tempestades de vento que salvaram o Japão do ataque dos mongóis em duas oportunidades durante o século 13 (1247 e 1281) após estes terem conquistado a China.

No primeiro ataque da Mongólia, uma frota de 3.500 navios que transportava mais de 100.000 mongóis foram surpreendidos por um forte tufão, que destruiu a frota invasora. Sete anos mais tarde, outra tempestade devastadora anulou uma mova tentativa de invasão dos mongóis no arquipélago japonês.

Cerca de 700 anos depois, “kamikaze” tornou-se o nome dos esquadrões de pilotos suicidas com o objetivo de deter a invasão dos “novos mongóis”, ou seja, dos estadunidenses. A ideia partiu do Vice-Almirante Takijiro Onishi, o comandante da força aérea naval japonesa, nas Filipinas, quando as tropas dos EUA desembarcaram na ilha de Leyte.

Incapaz de afastar as forças aliadas em outubro de 1944, Onishi reuniu os oficiais e apresentou-lhes seus planos, defendendo o que considerava a única forma pelo qual um pequeno contingente pudesse atacar com grande eficácia, organizando ataques suicidas com os caças Mitsubishi A6M Zero armados com 250 kg de bombas para atacar porta-aviões inimigos.

Assim foi feito, porém nenhum dos oficiais se ofereceu para a missão. O líder Yukio Seki, responsável pelo primeiro ataque kamikaze em 25 de outubro de 1944, foi entrevistado pelo jornalista Onoda Masashi numa preparação à propaganda kamikaze, no qual fez a seguinte declaração:

“Se é uma ordem, eu vou. Mas não morrerei pelo imperador ou pelo Império Japonês. Vou morrer por minha amada esposa. Se o Japão perder, ela pode acabar estuprada pelos norte-americanos. Estou morrendo por quem mais amo, para protegê-la.”

Yukio Seki (à esq.) e jovens pilotos kamikaze (à direita)

O primeiro ataque kamikaze em que Seki protagonizou, causou sua morte e a de 140 estadunidenses. Esse era o começo de um plano considerado bem sucedido para deter os inimigos. Os kamikazes passaram a ser considerados heróis por sacrificarem suas vidas em uma tentativa de proteger o império.

Desta forma, os Kamikaze foram considerados pela religião xintoísta oficial do Estado, espíritos guardiães da pátria. O espírito do kamikaze, de auto-sacrifício tem sido associado com o Bushido, ou “caminho do guerreiro”, um código de conduta seguido pelos famosos samurai durante centenas de anos.

Mas segundo muitos historiadores, os pilotos kamikaze não agiram por amor à Pátria e sim por obrigação. Embora quisessem recusar, não podiam pois isso traria vergonha para suas famílias. Além disso, eles não tinham muita escolha: Os aviões tinham combustível suficiente para uma viagem só de ida.

Em 1943, o filósofo japonês Hajime Tanabe proferiu uma palestra intitulada como “Morte e Vida”, no qual dizia que o sacrifício pela terra natal estava alinhada com a vontade de Deus. Tanabe havia estudado com o filósofo alemão Martin Heidegger, que há pouco tinha publicado um trabalho inovador.

Em sua publicação, intitulada como “Ser e Tempo”, Martin Heidegger explicou que o homem é um “ser que caminha para a morte” e sua relação com o mundo concretiza-se a partir dos conceitos de preocupação, angústia, conhecimento e complexo de culpa. O homem deve tentar “saltar”, fugindo de sua condição cotidiana para dessa forma atingir seu verdadeiro “eu”.

Tanabe interpretou isso como um chamado para os japoneses para defender incondicionalmente a causa nacional, preservando, assim, a “grande esfera da riqueza asiática.” Em resposta, dezenas de estudantes se inscreveram nas unidades Tokubetsu Kōgekitai (Unidade de Ataque Especial).

Em contrapartida, muitos foram motivados pela pressão social. Segundo o historiador Wolfgang Schwentker, “os pilotos subiram em seus aviões cheios de entusiasmo e voaram para a morte em triste desespero.” A ideologia promovida pelo Estado mostrava o culto à morte, um incentivo aos pilotos.

Na imprensa, o espírito japonês, a devoção pelo imperador e poemas de morte mencionando a sakura (flor da cerejeira) eram divulgados. Mas os diários dos pilotos mostravam o quanto estavam perturbados com a ideia da morte, e alguns eram até mesmo contrários ao sistema político do Império.

Após os ataques suicidas dos Kamikaze, as forças americanas reforçaram as defesas anti-aéreas dos seus navios. Apesar de 2 mil pilotos kamikaze terem causado danos significativos durante a Batalha de Okinawa, isso não foi o suficiente para evitar o desfecho da Segunda Guerra Mundial.

Pode-se dizer que esses ataques suicidas de certa forma ajudaram a mudar a estratégia norte-americana. Temendo que a invasão nas principais ilhas do Japão atraíssem dezenas de milhares de pilotos kamikaze, o presidente Harry Truman logo foi persuadido a usar a bomba atômica nuclear.

E o resto da história conhecemos muito bem qual foi não é mesmo?! Se quiser saber um pouco mais sobre os Kamikaze, assista o documentário abaixo:

Combates Aéreos kamikase (History Channel)

Fonte: Japão em Foco 

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