Você já deve ter visto ou até participado da formação de uma pirâmide humana – aquelas em que as pessoas se equilibram umas sobre as outras para compor uma espécie de torre feita de pessoas –, certo? Comuns em várias partes do mundo, no Japão elas recebem o nome de Kumitaiso e, de acordo com o pessoal do site Oddity Central, essas estruturas se tornaram motivo de polêmica por lá.
Acidentes e lesões
Segundo o Oddity Central, a prática de formar as pirâmides humanas era incentivada nos colégios para motivar o trabalho em equipe entre os estudantes, bem como a resistência física, mas acabaram se transformando em competições organizadas pelas escolas do país. Com isso, as estruturas começaram a se tornar cada vez mais altas e a contar com um número maior de participantes, o que por sua vez, vem resultando em uma elevada ocorrência de acidentes, fraturas e lesões.
O que acontece é que, conforme as torres se tornam maiores e mais complexas, os alunos que ficam na base ou nas camadas mais baixas acabam tendo que suportar mais peso. Todos os anos, muitos praticantes de kumitaiso acabam se ferindo e, só entre janeiro e agosto deste ano, mais de 50 casos foram registrados só na cidade de Kobe. Aliás, levantamentos apontaram que o número de estudantes lesionados anualmente em todo o Japão passa de 8 mil.
Por conta disso, pais de alunos e médicos passaram a fazer campanhas e a organizar petições para que a prática de kumitaiso seja banida das escolas – ou para que que a altura máxima seja regulamentada, pelo menos –, e algumas cidades já aderiram à iniciativa, proibindo ou impondo limites às formações. No entanto, as competições incentivam a construção de pirâmides cada vez maiores e numerosas, e os professores de ginástica, além de estimular a rivalidade entre os colégios, muitas vezes optam por ignorar os riscos envolvidos para ver seus times vencer.