Sem guarda alta ou diálogos ensaiados no espelho. A decisão era sensata.
(Tenta, poxa vida). Se não der certo dessa vez, não vai ser a primeira nem a última, é só mais uma vez.
Não é normal confundir teimosia com intuição. Depois de tantos aprendizados e batidas doloridas de cabeça, é maduro colocar cada coisa em seu devido lugar.
Existem situações que a gente precisa encarar para saber se é melhor usar vírgula ou ponto final.
Não alimente dúvidas. Elas se tornam monstros horríveis. (Desse bicho papão eu tenho medo).
Vá de guarda baixa e coração aberto. Vá sem pensar em se esquivar ou em golpes de defesa pessoal. Vá sem o papel de vítima ou com o medo de trazer à tona um trauma passado. Vá para se curar.
Vá para se fortalecer, para entender, para crescer. Num mundo onde todo mundo berra, leve seu silêncio, aguce seus ouvidos, pondere, entregue-se ao momento. Nada é pelo outro, tudo é por você.
A presença faz diferença. Soluciona os mais graves problemas, que, às vezes, só existem por causa da ausência. Parece loucura, mas são as relações humanas.
Vá certa da sua decisão de ir, e não se assuste se você não se reconhecer quando voltar. Com tudo tão dinâmico você achou mesmo que sairia dessa vida ilesa?
Jamais!
Vá, e quando chegar lá, lembre-se de que guarda baixa dá acesso livre aos melhores abraços.
Lembre-se da cura. Lembre-se do caminho até ali.
Não existe nada mais bonito do que a gente encarar de frente as nossas escolhas.