Para ter um relacionamento amoroso duradouro, precisamos tolerar muitas coisas. Mas até que ponto?
Como achar o equilíbrio entre não ser fútil, pulando fora no primeiro sinal de dificuldade, e se torturar, preso em um relacionamento sofrido?
Vamos abordar este tema aqui.Assista aos vídeos:
Há um tempo fiz um vídeo falando sobre o amor e o que seria “viver um grande amor”. Veja:
O vídeo gerou uma certa polêmica. Lá falei assim:
“O amor real se manifesta em suor… em servir. Dá trabalho. O amor mesmo é você aguentar a pessoa quando é chata, sustentar quando está para baixo. Mudar sua vida para servir a do amado. Isso é amor. A fantasia não se sustenta. As aparências se perdem com o passar do tempo, os atritos se acumulam e as demandas aumentam. Em muitos casos vêm os filhos e, com isso, um monte de novas e intensas demandas e desafios. Aguentar isso juntos é amor.”
Teve uma turma que não gostou. Uma espectadora, escreveu assim:
“Achei estranho você falar isso! Não temos que aguentar ninguém nos destratando, não, por amor nenhum. Muito ao contrário.”
Pude ver então que não me expliquei bem. Enfatizei no vídeo a importância de aguentar, de ser firme e fiel, mas não toquei num ponto no qual toco sempre: amar-se, cuidar-se e afastar da sua vida as pessoas que não lhe servem, que trazem um “saldo” negativo em sua vida.
O ponto chave é reciprocidade. O tanto que vai é o tanto que volta. Equilíbrio no relacionamento.
Sua entrega, o tanto de esforço que coloca para manter o relacionamento, tem que ser o mesmo tanto que o outro está colocando. Se não, fica desequilibrado.
Um parâmetro importante é tal do pedido de desculpas. Quantas vezes você pede desculpas e quantas vezes tem que se desculpar? Se é só você que desculpa, algo está errado.
Quanto esforço você faz para agradar e servir o outro? Quanto que o outro faz para você? Se fica muito diferente, algo está errado.
Ninguém tem que aguentar um relacionamento desequilibrado, injusto, assim. Com sabedoria, com perdão, com tempo, precisa ver se o relacionamento realmente serve para você.
Trate de buscar o caminho do meio. Nem cair fora no primeiro sinal de dificuldade – vivendo uma sequência de relacionamentos de no máximo dois anos-, nem ficar anos e anos a fio sofrendo, sendo miserável no relacionamento, desperdiçando sua vida, arruinando seu bem-estar.
Então esse é o equilíbrio: dedicar-se, suar, aguentar… mas obedecendo o parâmetro de reciprocidade. Assim poderá experimentar um relacionamento transformador e significativo.
O foco inicial é saber viver bem. Você precisa se cuidar. Mais do que isso, precisa se aprimorar e se autorrealizar.