A Segunda Guerra Mundial, como você sabe, eclodiu no início de setembro de 1939, depois que a Alemanha invadiu a Polônia — ação que acabou forçando a entrada de outros tantos países no conflito nos meses seguintes.
No caso da União Soviética, a invasão nazista só foi ocorrer em 1941 e, de acordo com os historiadores, Stalin, quem estava no comando do Estado Socialista na época, nunca deixou de traçar paralelos com as invasões napoleônicas que se deram em solo russo em 1812.
Esses paralelos, aliás, serviram de combustível para o líder soviético instigar o espírito patriótico e de “lutar ou morrer” da nação. E deu certo, ainda que ao custo de muitas — muitas — mortes e sofrimento. Só para posicionar você melhor sobre como a invasão nazista à União Soviética aconteceu, de acordo com Nikola Budanovic, do site War History Online, as forças alemãs, com o apoio de unidades de apoio posicionadas na Polônia, na Bielorrússia e em territórios bálticos, começaram a cortar as rotas e sabotar a infraestrutura soviética para impedir a circulação de suprimentos.
Derrota e humilhação
Depois, começaram as invasões e os bombardeios, mas as forças soviéticas se reorganizaram e enviaram mais 2 milhões de soldados para as frentes de batalha, dando início à sangrenta ofensiva que ficou conhecida como Operação Bagration, no dia 22 de junho de 1944. Como resultado, os militares do Exército Vermelho conseguiram conquistar no dia 19 de agosto do mesmo ano a retirada das tropas nazistas dos territórios da URSS e da Polônia.
Para você ter uma ideia da violência das batalhas travadas durante a operação, ao final da ofensiva, a Alemanha contabilizou cerca de 350 mil baixas entre seus soldados — sem falar nos mais de 57 mil veículos e 2 mil tanques nazistas que acabaram destruídos. Por outro lado, os soviéticos perderam 5 vezes menos homens, o que transformou a Bagration na ação militar mais bem-sucedida das forças soviéticas durante a Segunda Guerra Mundial.
Mas, além desse número imenso de mortos entre os alemães, os soviéticos capturaram cerca de 160 mil soldados nazistas. Desses, menos de um terço sobreviveu às marchas da morte até os campos de prisioneiros, e quase 60 mil dos que ficaram vivos foram obrigados a participar de um “desfile da vergonha” pelas ruas de Moscou.
Segundo Nikola, o evento ocorreu no dia 17 de julho de 1944, e os soviéticos selecionaram os militares nazistas com as patentes mais altas — como generais, comandantes etc. — para liderar e organizar a humilhante marcha.
As imagens que você pode ver ao longo desta matéria foram registradas durante esse desfile — quando os prisioneiros foram obrigados a marchar diante da população que, por cerca de 3 anos, sobreviveu às dificuldades de habitar cidades sitiadas por eles, os nazistas.
O vídeo a seguir mostra vislumbres desse simbólico momento e, de acordo com Nikola, após a passagem dos soldados derrotados, caminhões equipados com mangueiras passaram lavando as ruas de Moscou, mais um ato simbolizando a eliminação dos invasores do solo soviético. Veja:
https://youtu.be/JC6oJURg6Pk