Se não for possível manter a Olimpíada de Tóquio em julho e agosto deste ano devido ao coronavírus, a escolha mais provável é que ela seja adiada em um ou dois anos. Essa é a informação trazida nesta terça-feira pelo jornal americano “Wall Street Journal”, que cita uma entrevista com Haruyuki Takahashi, membro do grupo executivo do Comitê Organizador da edição japonesa dos Jogos Olímpicos.
O Comitê ainda não finalizou as discussões sobre o impacto do vírus nos Jogos Olímpicos. No fim de março, deve ser realizada uma reunião do grupo executivo para estudar como o adiamento afetaria na realização de outros eventos esportivos, ainda de acordo com o periódico.
Takahashi afirmou que o dano financeiro ao cancelar a Olimpíada ou promovê-la sem a presença de espectadores seria grande demais. Um atraso de um ano, contudo, seria problemático porque os Jogos aconteceriam junto com outros eventos esportivos grandes como o futebol na Europa, e o beisebol e futebol americano nos Estados Unidos.
Nesta quarta-feira, completam nove anos do grande terremoto e tsunami que atingiu a costa do Japão. Desde então, sempre nessa data era realizado um evento relembrando os cerca de 20 mil mortos. Em 2020, a cerimônia foi cancelada. Ou seja, os japoneses estão preocupados com o vírus e têm tomado algumas medidas.
O Comitê Olímpico Internacional afirmou repetidas vezes que a Olimpíada de Tóquio iria acontecer como planejado mesmo com o rumor de que o evento poderia ser cancelado ou adiado devido ao coronavírus, que já se espalhou para mais de 100 países.
O presidente da entidade, Thomas Bach, afirmou que essa possibilidade não foi nem levantada no encontro de dois dias do Comitê Executivo do COI no dia 4 de março. Mas ele completou que o vírus era motivo de “uma discussão maior”.