De acordo com o cronograma do plano japonês, as armas devem ser colocadas à disposição das Forças de Autodefesa do país a partir de 2030.
Para fornecer apoio aos novos sistemas hipersônicos, o Japão planeja instalar uma rede com sete satélites, desenvolvidos especialmente para o programa.
De acordo com o especialista militar Aleksei Leonkov, o plano japonês para desenvolvimento de armas hipersônicas se assemelha bastante ao norte-americano.
Leonkov lembrou que os EUA adotaram um método semelhante para desenvolver o projeto dos caças F-35, conforme reportou a RT.
Conter a China
O documento publicado pelo Ministério da Defesa japonês aponta a necessidade de “defesa das ilhas longínquas do Japão de um eventual ataque” como um dos principais objetivos do projeto.
Mas a mídia local apontou que a principal preocupação de Tóquio é com as manobras realizadas pela Marinha chinesa na região das ilhas contestadas de Senkaku/Diaoyu.
Especialistas apontam que os mísseis hipersônicos japoneses terão como objetivo principal atingir embarcações a grandes distâncias, principalmente porta-aviões.
O desenvolvimento de armas hipersônicas daria a Tóquio a capacidade de atacar essas embarcações sem ter que mobilizar a sua Marinha ou Força Aérea na região contestada.
Atualmente Tóquio possui somente mísseis com alcance de cerca de 100 km, enquanto as ilhas contestadas ficam a cerca de 430 km da costa japonesa.
A China já realiza testes de mísseis hipersônicos terra-terra. Os chamados DF-17 foram apresentados ao público pela primeira vez em outubro de 2019, durante as comemorações dos 70 anos da revolução chinesa.