Vivemos na era dos relacionamentos orgulhosos. Ninguém quer assumir que gosta, que sente falta, que tem vontade. E isso acontece porque alguém, algum dia, criou uma falsa verdade de que quem demonstra sentimento é o mais fraco do relacionamento.
Que grande besteira! Na minha humilde opinião, fracas são as pessoas que não têm coragem de irem atrás de alguém. Pessoas que, depois dos vinte e tantos anos, ainda perdem tempo fazendo joguinhos de quem demora mais para responder a mensagem, de quem se mostra o menos interessado.
Posso dizer com os meus curtos 22 anos de experiência em relacionamentos que quem ainda faz esses tipos de joguinhos depois de certa idade não merece nem um segundo da nossa atenção. Esse tipo de atitude é até compreensível quando temos 15 anos e lá vai, mas me façam o favor de amadurecerem e pararem com essas besteiras todas depois dos 20 anos.
Sempre fui a favor de expor os sentimentos e vontades, mas ultimamente estou colocando isso mais em prática do que nunca.
Se estou interessada em alguém procuro deixar isso claro de uma vez; se não estou no clima, já me despeço sem grandes enrolações. Se quero falar com a pessoa, mando logo uma mensagem, ligo, chamo para sair, e por aí vai…
Talvez seja coisa da idade. Já passei da fase dos joguinhos. Confesso que lá atrás até achava legal demorar cinco horas para responder uma mensagem, só para fingir que eu não estava nem aí, mas hoje em dia isso me dá tanta preguiça, que se alguém faz comigo já desisto da pessoa em menos de 24h.
Até quando vamos continuar cultivando essa besteira de que o mais fraco do relacionamento é aquele que vai atrás do outro?
As pessoas têm tanta dificuldade de expressar o que sentem, que quem ainda tem coragem de fazer isso deveria ganhar um prêmio. Para mim, fraco ainda é quem gosta e não vai atrás, tem vontade e finge que não quer, ama e deixa a oportunidade de ficar junto passar.
Coloquem os sentimentos para fora, liguem, mandem mensagem, chamem para sair, abram o coração, vão atrás de quem faz vocês pulsarem mais forte. Chega de levar tantos arrependimentos por coisas que deixamos de fazer.
A partir de agora, meu lema é só me arrepender do que eu não fiz. Nada que eu fizer se tornará arrependimento, apenas experiência e bagagem para, lá na frente, eu continuar com coragem o suficiente para não deixar o meu orgulho falar mais alto.
Porque para viver a vida com o máximo da intensidade que ela nos oferece, nós precisamos dessa coragem para ir atrás de alguém que mexe com a gente.