Não são apenas esportistas e organizadores que devem sofrer com o possível adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio por conta da pandemia do coronavírus. Milhares de japoneses também podem viver um “pesadelo” em meio à indefinição da Olimpíada deste ano.
Acontece que, além de abrigar os milhares de atletas que vão competir no Japão, a Vila Olímpica é também a futura casa de muitas pessoas.
E é aí que está o problema.
Dos 5.632 apartamentos, 4.145 foram colocados à venda e 1.487 serão alugados. Cada unidade seria reformada e entregue aos compradores a partir de 2023.
Com o já provável adiamento dos Jogos, a data para a entrega dos imóveis irá, por consequência, atrasar. As pessoas, então, que planejavam se mudar para as futuras casas no período previsto, agora vivem um mar de incertezas.
Detalhe é que os investimentos não são baratos. Os preços das unidades variam de 500 mil dólares a 1,23 milhão de dólares – de R$ 2,5 a R$ 6,3 milhões. O preço médio dos imóveis era de aproximadamente R$ 3 milhões.
A Olimpíada de Tóquio vive indefinição devido à escalada nos casos do coronavírus. Antes relutante, o COI (Comitê Olímpico Internacional) já admite a possibilidade de adiar os Jogos – um cancelamento está fora de cogitação, segundo a entidade.
Inicialmente previsto para ser realizada entre 24 de julho e 9 de agosto, os Jogos de Tóquio seriam remarcados para outra data, a depender da situação da pandemia. A remarcação pode ser feita para o final deste ano, 2021, ou até mesmo 2022.