Sabendo que durante algum tempo, para além do trabalho como analista, eu atuei como coach de relacionamento, muitas pessoas me perguntam o seguinte: “Fabiano Goes, é possível a qualquer um melhorar a vida amorosa? Há fórmulas e segredos para isto ou é mesmo uma questão de sorte ou acaso?”.
Dificuldades amorosas não são privilégios de alguns. Tanto faz se homem ou mulher, rico ou pobre, bonito ou feio, casado ou solteiro, criminoso ou inocente, etc, quaisquer categorias de pessoas podem ter insucesso ou sucesso no amor. O QUE IMPORTA É TER A MENTALIDADE NECESSÁRIO PARA UMA OUTRA COISA!!!
Como assim?
Ao longo de minha experiência profissional e das minhas pesquisas sobre este assunto, notei uma característica comum em todos aqueles cuja vida amorosa é um fiasco: TODOS TÊM UM DISCURSO DE VÍTIMA. TODOS SE VÊEM COMO VÍTIMAS DE ALGUÉM OU COMO VÍTIMAS DO PRÓPRIO DESTINO.
Quem se coloca nesta condição, é incapaz de perceber o quanto prejudica a si mesmo. Tais pessoas criam um regime existencial de completa escassez, um regime de boicote e agressão a sua própria vida amorosa.
Como seria possível ter um relacionamento legal, seja ele um namoro ou um casamento, sentindo-se “desatraente” ou desprovido (a) de recursos para ser feliz ao lado de alguém ou para fazer alguém feliz ao seu lado?
Quem não se sente NATURALMENTE suficiente para o outro tende a tentar compensar sua insuficiência com excesso de zelo, ou defensividades, ou críticas, ou cobranças, ou chantagens emocionais, ou monitoramento excessivo, ou tudo isto intercaladamente. Todas estas coisas são corrosivas. Fazem com que a relação se torne abusiva, entediante ou repelente.
Quem possui qualquer destas características pode ficar com o comportamento afetado, agir feito polícia que investiga ações suspeitas e estabelecer um mal-estar tão elevado, que as desgraças e dissabores imediatamente começarão a se ajuntar. É como lixo que em pouquíssimo tempo já atrai todo tipo de vermes e insetos asquerosos.
Em contrapartida, os que acreditam em si e acreditam no amor tendem a ser mais afortunados.
É óbvio que mesmo esta categoria de pessoas pode sofrer uma decepção ou outra de vez em quando, contudo, de modo geral, estão inclinados a superar as intempéries e obter vitórias ainda maiores após os tombos. Refiro-me aos que acreditam de fato, e NÃO AOS QUE DIZEM ACREDITAR. Propagandas e falácias não funcionam.
Os confiantes são relaxados e magnéticos, leves e receptivos, não afetados, não são inoportunos, não falam em excesso, sabem o que dizer, bem como sabem ouvir (com atenção), são mais práticos e positivos e possuem uma energia mais constante. E o melhor: tudo isto de uma maneira espontânea e sem esforço. Tudo isto simplesmente por conta de uma mentalidade de abundância, uma programação psíquica adequada.
Para finalizar narrarei uma pequena história.
Há alguns anos um moço me procurou porque queria recuperar sua namorada. Na época, ele era incrivelmente inseguro e exigia muito dela. Ele não se achava fisicamente agradável e, em virtude disto, imaginava que ela estava com ele mais por conta de seu dinheiro do que por sentimento. Ele pensava assim, porém não rompia o compromisso. Tinha constantes crises de ciúme, sem qualquer fundamento.
Foram tantas as intrigas que ela acabou rompendo e optando por não o ver mais a partir de então. Ele enlouqueceu, implorou, suplicou mais uma chance, prometeu mudar definitivamente, todavia ela foi indemovível. Ela estava exausta, não acreditava mais nele e queria se regenerar de todo mal que aquele relacionamento lhe provocou.
Depois que a perdeu, notou que seus distúrbios, suas crenças negativas o fizeram afastar uma pessoa maravilhosa.
Esta crise o fez desejar tornar-se uma pessoa melhor e não se esconder por detrás de suas máscaras e bens. Resultado: ele foi tão fiel ao seu propósito de mudança que, sem nenhum esforço ou planejamento, algum tempo depois, casualmente, reencontrou sua antiga namorada, teve com ela uma leve e deliciosa conversa sobre amenidades, oportunidade em que ela percebeu o quão diferente e melhor ele estava, e daí voltaram a se aproximar.
Hoje ela é sua esposa, eles têm dois filhos e, dentre outras coisas, ajudam casais a consertar seus imbróglios relacionais, na comunidade religiosa que frequentam.
Ele mudou sua mentalidade e, com isto, mudou sua vida. Agora, juntos, ajudam outros a mudarem suas mentalidades e histórias.