Após terem confirmado o controle do surto de coronavírus no país, novos casos voltam a chamar a atenção das autoridades chinesas, que acompanham o surgimento de um grupo de contaminados na capital, Pequim, que, diferentemente de outras regiões como Wuhan, local que originou a atual pandemia, as medidas restritivas e de isolamento social não foram aplicadas de forma tão severa.
Cerca de uma semana após o reaparecimento de um novo infectado, justamente quando o país comemorava um breve período sem contaminações registradas, a China passou a ver a curva de covid-19 acentuar-se em poucos dias, chegando à quantidade de 158 testados positivo para o coronavírus.
Porém, em contrapartida à primeira onda do surto, que chegou a atingir mais de 83 mil pessoas apenas no país, levando mais de 4.600 à morte, especialistas chineses afirmam que a nova onda foi rapidamente controlada, apesar de não desconsiderarem o surgimento de casos esporádicos na capital.
“A epidemia de Pequim foi controlada”, disse Wu Zunyou, epidemiologista-chefe do Centro para Controle e Prevenção de Doenças da China. “Quando eu digo que está sob controle, isso não significa que o número de casos será zero amanhã ou no dia seguinte.”
A epidemia em Pequim
Caracterizada como “extremamente grave” no início desta semana, a atual situação da capital chinesa reforça a importância das medidas de fiscalização e rastreio da doença. Com cerca de 21 milhões de habitantes, os cidadãos que vivem em 32 bairros de “médio ou alto risco” encontram-se estritamente proibidos de sair da cidade, segundo decreto implementado na última terça-feira, dia 16.
Além das restrições de movimentação dentro e fora do território, as instituições educacionais, que haviam sido abertas recentemente, voltaram a ser temporariamente fechadas, enquanto a OMS e os especialistas locais continuam a averiguar a situação e as possibilidades de uma nova epidemia.
(Fonte: Global Times)
Com milhares de moradores sendo examinados nos últimos dias, exames negativos da presença do vírus são cobrados para cidadãos que pretendem deixar a capital, assim como as pessoas que desejarem adentrar os limites da fronteira de Pequim serão isoladas em postos de quarentena para serem realizadas avaliações.
“A tendência persistirá por um período de tempo, mas o número de casos diminuirá, como a tendência que vimos (em Pequim) em janeiro e fevereiro”, concluiu Wu Zunyou.