O Japão pode relaxar as medidas restritivas de entrada para atletas estrangeiros que estejam viajando a Tóquio para a disputa dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos mesmo se a pandemia do novo coronavírus não estiver sob controle até lá. A informação é do jornal “The Japan Times”.
O país considera necessário criar um sistema que permita que atletas e pessoas relacionadas a eles, como membros de comissão técnica, possam entrar no Japão caso a situação da Covid-19 não permita ao governo retirar a proibição de entrada de pessoas de certos países e regiões.
As Olimpíadas foram adiadas em março deste ano devido à pandemia. O evento iria receber pelo menos 11 mil atletas de mais de 200 países e regiões. De acordo com as fontes ao periódico japonês, a divisão econômica do Secretariado de Segurança Nacional, uma unidade de coordenação para questões diplomáticas e políticas de segurança do país, vai liderar a discussão.
O assunto será discutido em setembro em uma reunião para falar sobre as medidas contra o novo coronavírus, que terá participação de oficiais do governo do Japão, do Comitê Organizador dos Jogos e do governo metropolitano de Tóquio.
Desde fevereiro, o Japão reforçou as restrições de viagem de visitantes estrangeiros como parte de seu controle de fronteiras para prevenir a proliferação da Covid-19. O país incluiu 18 países na lista de banidos na semana passada, como Argélia, Cuba e Iraque, chegando a um total de 129 no momento. O Brasil está nessa listagem.
No mês passado, contudo, viagens do Japão para o Vietnã foram parcialmente liberadas para negócios. O governo japonês está em conversas com vários países, incluindo, por exemplo, a Tailândia, para relaxar as medidas restritivas sob certas condições.
As fontes afirmam que os atletas e oficiais precisarão provar que não estão infectados pelo vírus ao fazerem testes de reação em cadeia da polimerase várias vezes, inclusive antes e depois de viajarem ao Japão. Além disso, é possível que o contato seja limitado com outras pessoas durante a estadia no país.
Os organizadores dos Jogos e o Comitê Olímpico Internacional acordaram em junho deste ano em “simplificar” os megaeventos para garantir a segurança contra o coronavírus e reduzir o impacto financeiro de um ano de adiamento. As Olimpíadas serão de 23 de julho a 8 de agosto de 2021, seguidas das Paralimpíadas, de 24 de agosto a 5 de setembro.