Em resposta à decisão sul-coreana de vender bens de uma empresa japonesa como resultado de ações judiciais sobre trabalhos durante a guerra, o governo do Japão afirmou que irá manter suas opções em aberto.
Um tribunal da Coreia do Sul decidiu que, nesta terça-feira, já considerava completos os procedimentos legais de notificação da empresa japonesa sobre a ordem de apreensão de bens. O tribunal agora deve seguir para a próxima etapa, que consiste em vender os bens da Nippon Steel.
Em 2018, a Suprema Corte da Coreia do Sul ordenou que a empresa indenizasse os sul-coreanos que afirmavam terem sido forçados a trabalhar para a empresa japonesa durante a segunda guerra mundial. Na terça-feira, o secretário-chefe do Gabinete Suga Yoshihide disse que a decisão e procedimentos legais da Suprema Corte sul-coreana são violações claras ao direito internacional. Segundo Suga, o governo japonês comunicou repetidas vezes à Coreia do Sul que a liquidação dos bens da companhia irá levar a uma situação séria e que, portanto, deve ser evitada. Disse que o Japão irá exortar a Coreia do Sul a resolver a questão o mais rápido possível.
Suga disse ainda que irá manter uma coordenação próxima com a empresa envolvida, considerando todas as opções disponíveis e continuando a responder com firmeza para proteger as atividades econômicas legítimas das empresas japonesas.
O governo japonês segue afirmando que todos os direitos a indenizações foram resolvidos de forma completa e final em 1965, quando o Japão e a Coreia do Sul normalizaram suas relações bilaterais.