Por mais cruel que essa afirmação possa parecer, em um primeiro momento, se fizermos uma análise cuidadosa das áreas de nossa vida e das crenças emocionais que carregamos conosco desde pequenos, chegaremos a essa conclusão.
E por que afirmo isso?
Um fruto não cai longe da árvore. Olhe para todas as áreas da sua vida (trabalho, amigos, relacionamentos amorosos, finanças, saúde) e examine o que o satisfaz e o que não, e o mais importante: por quais motivos satisfazem ou não. Após isso, você pode pegar caneta e papel e anotar quais sentimentos tem em relação aos assuntos mais emergentes em cada uma dessas áreas, principalmente aqueles em que não se está obtendo os resultados desejados.
Quais sentimentos surgem? Raiva, medo, ingratidão, desespero, angústia? Ou sente alegria, satisfação, prazer, tranquilidade? Os sentimentos e pensamentos são proporcionais aos resultados; existe uma espécie de “fórmula” para isso.
Tudo aquilo que está em seu inconsciente é responsável por boa parte dos resultados que você obtém em sua vida diária. A questão é que o inconsciente não é acessível para a própria pessoa de maneira objetiva. É muito difícil que se consiga encontrar, sozinho, os motivos reais pelos quais não se está obtendo os resultados que gostaria.
Um exercício que poderia ajudar seria perguntar aos amigos e familiares mais íntimos como eles enxergam objetivamente seu comportamento diante de determinados assuntos ou temas.
Fora isso, buscar ajuda psicológica de um profissional habilitado é uma ação que pode trazer resultados duradouros.
Esse círculo vicioso, porém, de se obter resultados que não desejaria, pode se tornar difícil de quebrar, quando tudo o que você faz é apenas se lamentar e tentar sempre, da mesma forma, encontrar uma solução. Não é segredo para ninguém que, se nós realizamos os mesmos esforços, utilizando as mesmas estratégias, é impossível obter resultados diferentes.
E toda a bioquímica cerebral (neurotransmissores) contribui para que os padrões continuem se repetindo, a menos que, objetivamente, você tome uma atitude consciente de romper o padrão vivido até o momento.
Perceba: os sentimentos e crenças são inconscientes, são constituídos desde a mais tenra idade, solidificando-se com o passar dos anos, conforme passamos por experiências que os reforcem. A atitude de mudar deve ser consciente, primeiramente.
Cerque-se daquilo que o motiva a melhorar e a romper os padrões, e não desista ao primeiro sinal de preguiça, pessimismo. São mecanismos de autossabotagem: a crença de que você não merece resultados melhores e nem tem como alcançá-los.
Quando digo que você deve se cercar daquilo que o motiva, falo em todos os sentidos: manter amizades com pessoas que entendem melhor do assunto do que você, assistir a documentários, filmes, ler livros, ir em busca de workshops e palestras, enfim, tudo o que acrescente ao seu desenvolvimento.
Deixo aqui algumas perguntas: você está feliz e satisfeito com o relacionamento que tem? Ele está alinhado aos seus valores e princípios?
E quanto ao seu trabalho? Sente-se satisfeito e está alinhado ao que gostaria para si, aos seus valores e princípios? Está satisfeito com seu salário? E com sua saúde?
Não se contente com pouco, a vida de quem aspira grandes conquistas e vai em busca delas é, sem sombra de dúvida, mais satisfatória do que a de quem se contenta com a mediocridade.