O ministro do Trabalho do Japão, Norihisa Tamura, participou de uma coletiva de imprensa no domingo (18), quando passava pela cidade de Tomioka, província de Fukushima.
Tamura falou sobre a busca de emprego por parte dos jovens do país, que está sendo mais conturbada por conta da pandemia de COVID-19. As empresas de determinados setores, como de hotelaria, turismo, alimentício, manufatura, entre outros, não estão contratando tantos funcionários quanto o normal.
No Japão, os alunos que estão para formar no atual ano letivo são tratados como “shin-sotsu”, e tem preferência por parte das empresas, que preferem contratar mão-de-obra jovem, mesmo sem experiência. O objetivo da maioria das empresas é contratar jovens para treiná-los e deixá-los trabalhando em suas empresas até os 60 anos, a idade mínima da aposentadoria no país.
No entanto, com a pandemia de COVID-19, muitos destes jovens podem terminar a busca por emprego em 2020, sem nenhum local de trabalho definido. Para evitar uma onda de jovens desempregados, o governo quer que estes jovens sejam tratados como “recém-formados” por pelo menos 3 anos.
No Japão, aqueles que não conseguem emprego no 1° depois de formados, já perdem “valor” para as empresas, devido à preferência por jovens e recém-formados, mas com a pandemia de COVID-19, nem todos estão conseguindo trabalho, como normalmente acontece.
O ministro Tamura propôs a ideia de estender o período por até 3 anos, mas membros do governo não acreditam que a maioria das empresas do país seguirão a risca a determinação do governo. Ainda assim, Tamura ressaltou que tentará conversar empresários e companhias para tentar achar uma solução.