A Torcida e a imprensa se questionavam, quais seriam os saltos que Rebeca Andrade daria em busca de uma medalha em Tóquio. Diante das recentes lesões a caminho das Olimpíadas. Porém, ela em nenhum momento teve dúvidas. Na final, fez os saltos que queria, um Cheng e um Amanar, e garantiu o ouro inédito. A brasileira teve média de 15,083 pontos na disputa, a única entre as competidoras a conseguir ficar acima de 15,000.
Rebeca evitou anunciar os saltos por uma questão de estratégia. Ela usaria todas as cartas que tinha, saltou uma dupla e meia, que muitos achavam que ela não saltaria, por conta das lesões no joelho. “Eu estava bem, preparada. Estava pronta para fazer, fui lá e fiz” disse.
Antes dos saltos, Rebeca parecia conversar consigo mesma. Segundo ela, é uma tática para mentalizar os exercícios e manter a confiança para chegar ao pódio. “Quando eu converso comigo, as coisas funcionam melhor. Antes das competições, eu sempre oro, medito. Eu sempre falo: “Vamos lá, Re, confia, acredita. Você treinou muito para isso e peço proteção a Deus, para que nada de ruim aconteça, nem para mim, nem para nenhuma das meninas” revelou a ginasta.
Com 22 anos a ginasta terá a chance de fazer ainda mais história, irá se apresentar no solo, mais uma vez com o “Baile de Favela”. Depois de um passo em falso fora do solo na apresentação do individual geral, a ginasta tenta não se pressionar na busca por mais um ouro.
Rebeca se tornou a primeira mulher do Brasil com duas medalhas numa só edição dos Jogos e ainda pode ir a três pódios. Disputando a final do solo nesta segunda-feira.
Fonte: G1