Ex-membros das Forças de Autodefesa do Japão, cerca de 70 japoneses responderam ao post da embaixada ucraniana no Twitter solicitando voluntários para lutar contra as forças invasoras russas.
A embaixada em Tóquio postou o tweet no mesmo dia em que o presidente Volodymyr Zelenskyy pediu aos estrangeiros que fizessem parte de uma legião internacional a ser organizada para ajudar a repelir as forças russas.
Quase todos os japoneses que se inscreveram na terça-feira (1) eram homens entre 20 e 60 anos. Suas razões para o voluntariado variaram de “não ser capaz de perdoar os ataques à Ucrânia pelas forças russas” a “querer parar a guerra como japonês”.
A postagem de recrutamento foi excluída, agora as buscam são para voluntários na áreas da medicina, prevenção de desastres, tecnologia da informação e comunicações.
Não está claro por que a postagem foi excluída, mas responder ao recrutamento militar estrangeiro pode entrar em conflito com a lei japonesa contra a preparação ou conspiração para travar uma guerra privada em um país estrangeiro.
Quando perguntado em uma entrevista coletiva sobre o recrutamento pela Embaixada da Ucrânia na quarta-feira, o secretário-chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno, pediu aos cidadãos japoneses que evitassem de viajar para a Ucrânia “independentemente do propósito”.
O porta-voz do governo observou que o governo já emitiu um aviso de evacuação para toda a Ucrânia, acrescentando que também informou a embaixada do aviso.
O ministro das Relações Exteriores, Yoshimasa Hayashi, também reconheceu a repórteres na terça-feira que estava ciente do recrutamento no Twitter pela embaixada e se referiu ao conselho de evacuação do Ministério das Relações Exteriores para a Ucrânia.
A Embaixada da Ucrânia disse no Twitter que arrecadou cerca de 2 bilhões de ienes (US$ 17,4 milhões) em doações de residentes do Japão.
Fonte: Japan Today