Tóquio – O funeral de Estado do ex-primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, marcado para a próxima terça-feira, 27, ligou o sinal de alerta das autoridades japonesas. Tudo para evitar que falhas de segurança, como as que ocorreram no dia do assassinato, em julho, aconteçam.
Abe foi alvejado a uma curta distância por um homem que portava uma arma de fabricação caseira enquanto fazia campanha política na região oeste da cidade de Nara. O homicídio chocou o país, já que crimes violentos no Japão são raros e políticos normalmente viajam com pouca proteção.
Autoridades japonesas, incluindo o primeiro ministro, Fumio Kishida, têm conhecimento de que falhas segurança contribuíram para a morte de Abe. Com inúmeros convidados estrangeiros participando da cerimônia, que ocorrerá no Nippon Budokan de Tóquio, inúmeros procedimentos de segurança serão tomados, tais como:
As avenidas ao redor do local estarão fechadas para a cerimônia, que começará às 14h. O espaço aéreo ao redor do Budokan também estará restrito entre a segunda e quarta-feira;
O Japão implementou um sistema de segurança máxima na capital, que inclui 2.500 policiais que vieram de outras cidades. Oficiais e cães farejadores já patrulham o aeroporto de Haneda e as principais estações de trem de acordo com reportagens;
Cerca de 700 convidados internacionais participarão do evento, incluindo 50 atuais ou ex-chefes de governo. Na lista estão a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, o primeiro ministro da Austrália, Anthony Albanese, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, precisou cancelar sua participação após um forte furacão passar na costa leste do seu país.
Mais de 1.000 militares japoneses estarão na cerimônia, que terá 4.300 convidados. Uma guarda de honra disparará 19 tiros de canhão para saldar Abe e uma banda militar fará uma apresentação;
O governo planeja gastar cerca de 1.65 bilhão de ienes no funeral, dos quais 800 milhões para segurança e 600 milhões para a acomodação das delegações internacionais. O alto custo gerou críticas por parte da população.
Fonte: Reuters