A grande empresa de maquiagem Pola e a ANA Holdings revelaram nesta segunda-feira (29), produtos especiais para a pele que serão utilizados pela agência espacial japonesa, marcando os primeiros cosméticos faciais do país a serem levados à Estação Espacial Internacional em 2024.
Um produto de limpeza facial e uma loção da linha “Cosmology,” desenvolvida pela Pola em parceria com a empresa controladora da All Nippon Airways, foram especialmente projetados para serem usados nas condições de baixa gravidade e escassez de recursos do espaço sideral.
Esses dois produtos foram criados em resposta a um pedido da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão por produtos que resolvessem problemas comuns aos estilos de vida tanto na Terra quanto no espaço cósmico.
O enxágue facial foi projetado para ser fácil e rápido, preservando os limitados suprimentos de água na ISS. A loção mantém um estado semissólido para evitar que se espalhe em condições de baixa gravidade, tornando-se líquida ao ser aplicada na pele.
Devido ao espaço sideral ser um ambiente extremamente seco, ambos os produtos contêm ingredientes hidratantes especiais.
As duas empresas iniciaram o projeto “CosmoSkin” em 2020 com o objetivo de aprimorar a beleza e o conforto em ambientes cósmicos.
A ANA aproveitou sua experiência nas semelhanças entre as condições das aeronaves e da ISS, auxiliando a Pola a conduzir testes que envolviam comissários de bordo durante os voos.
A criação da nova linha de produtos começou após a JAXA ter selecionado as empresas em março de 2022 para fornecer a primeira loção facial para uso no espaço.
Os consumidores na “Terra” terão a oportunidade de experimentar os produtos mais recentes a partir de 1º de outubro, adquirindo um conjunto por 7.480 ienes (cerca de US$ 50). Além disso, há a expectativa de que esses produtos acompanhem o astronauta japonês Kimiya Yui durante sua estadia na ISS em 2024.
Durante um evento em Tóquio para revelar a linha, a presidente da Pola, Miki Oikawa, expressou sua expectativa de que o produto possa “ser útil em outros cenários onde os recursos são limitados, como centros de evacuação durante desastres naturais.”
Fonte: KYODO