A antiga Igreja da Unificação pretende solicitar ao governo do Japão providências necessárias para que a organização possa repassar recursos financeiros.
A intenção seria o uso do dinheiro para eventual indenização de indivíduos que dizem ter sido eles próprios ou seus parentes vítimas de táticas de coleta de doações ou outras práticas da antiga Igreja da Unificação. A organização religiosa pretenderia confiar ao governo para este fim um montante de até 10 bilhões de ienes — o equivalente a 67 milhões de dólares.
No Parlamento do Japão, legisladores discutem modos de reter legalmente recursos financeiros da organização para proporcionar assistência às vítimas. Citam receios de que a organização venha a transferir seus recursos para o exterior ou para outras entidades antes que a Justiça decida eventualmente pela perda do seu status como instituição religiosa.
Uma ordem neste sentido privaria a organização do privilégio de isenção de impostos, sem impedir, porém, suas atividades religiosas.
No mês passado, o Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia fez o pedido da ordem à Justiça. O titular da pasta, Moriyama Masahito, afirmou que as práticas da organização violaram o direito civil e causaram significativos danos.
A organização não admite que tenha causado perdas em quantia equivalente aos recursos financeiros que pretenderia confiar ao governo.
Explicou que seu plano é entregar os recursos ao governo para possibilitar um atendimento adequado aos pedidos de indenização na eventualidade de ser proferida a sentença judicial.
Fonte: NHK World-Japan