Os líderes dos países do G7 condenaram o ataque do Irã a Israel e disseram no domingo (14) que trabalhariam para tentar evitar uma “escalada regional incontrolável” no Médio Oriente.
A Itália, que detém a presidência rotativa do G7, convocou uma reunião dos chefes do G7 depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu uma resposta diplomática coordenada ao ataque sem precedentes de drones e mísseis lançado durante a noite pelo Irã.
“Com as suas ações, o Irã avançou ainda mais no sentido da desestabilização da região e corre o risco de provocar uma escalada regional incontrolável. Isto deve ser evitado”, afirmou um comunicado emitido pela Itália.
Os líderes do G7, que falaram durante pouco menos de uma hora numa videoconferência, apelaram ao Irã para exercer moderação.
“Neste espírito, exigimos que o Irã e os seus representantes cessem os seus ataques, e estamos prontos para tomar novas medidas agora e em resposta a novas iniciativas desestabilizadoras”, afirmou.
O presidente Biden alertou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que os EUA não participarão de uma contra-ofensiva contra o Irã se Israel decidir retaliar.
O Irã lançou o ataque em resposta a um suposto ataque israelita ao seu consulado na Síria, em 1 de Abril, que matou os principais comandantes da Guarda Revolucionária e seguiu-se a meses de confrontos entre Israel e os aliados regionais do Irã, desencadeados pela guerra em Gaza.
A declaração do G7 também se comprometeu a trabalhar “para um cessar-fogo imediato e sustentável” em Gaza, após mais de seis meses de combates.
O G7 agrupa os Estados Unidos, Canadá, Itália, Grã-Bretanha, França, Alemanha e Japão, bem como a União Europeia. Seus ministros das Relações Exteriores estão programados para se reunirem de 17 a 19 de abril na ilha italiana de Capri.
Fonte: ThomsonReuters 2024