O número de crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em escolas públicas do ensino fundamental cresceu 14 mil em apenas quatro anos, segundo dados do Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do Japão.
Em 2019, 20.626 alunos diagnosticados com TDAH frequentavam classes de educação especial — matriculados tanto em turmas regulares quanto em salas específicas. Em 2023, a previsão é de 34.654.
A alta também é observada em casos de transtorno do espectro autista (TEA) e dificuldades de aprendizagem. Para o professor Honda Hideo, psiquiatra infantil da Universidade Shinshu, o aumento não significa necessariamente que mais crianças estejam desenvolvendo esses transtornos, mas que o diagnóstico se tornou mais frequente.
Ele destaca que transtornos do desenvolvimento — como TDAH e TEA — são condições neurológicas que podem prejudicar a vida em determinados momentos. Os sintomas e intensidade variam de pessoa para pessoa, podendo ocorrer isolados ou combinados, e com ou sem deficiência intelectual.
O diagnóstico, segundo o especialista, não se baseia apenas na presença de características típicas, mas quando elas causam prejuízo no dia a dia da criança ou de seu entorno.
Teorias populares atribuem o aumento a fatores como mudanças nas brincadeiras, aditivos alimentares, agrotóxicos ou falhas na educação, mas Honda ressalta que nenhuma delas tem comprovação científica.
Fonte: Japão Aqui








