Durante o Obon, tradicional período de visitas a túmulos, cresce no Japão a prática de “haka-jimai” — encerramento de sepulturas — e a busca por alternativas funerárias. Em Kyoto, visitantes de Otani Sobyo expressaram preocupação com a manutenção dos jazigos devido à idade e à falta de sucessores.
A cidade de Kobe prepara o primeiro cemitério florestal municipal do país, previsto para inaugurar no próximo verão, com capacidade para 1.600 restos mortais e sem necessidade de manutenção. O modelo segue a tendência dos sepultamentos florestais, nos quais as cinzas são enterradas sob árvores, sem lápides. Em 2023, o Japão registrou 167 mil novos sepultamentos, incluindo fechamento de túmulos — o dobro de uma década atrás.
O setor privado também inova: em Nose Myokensan, templo com 1.200 anos, restos mortais são misturados ao solo da montanha em um “enterro cíclico”, atraindo interessados na devolução à natureza. Outras opções incluem “enterros em balão”, que lançam cinzas à estratosfera, e serviços pagos para visitas e limpeza de túmulos em nome dos familiares.
O fechamento de sepulturas exige procedimentos burocráticos e pode gerar conflitos, especialmente por cobranças abusivas de “taxas de separação” ou decisões tomadas sem consulta a parentes. Especialistas recomendam que famílias aproveitem reuniões como o Obon para discutir abertamente o futuro de seus jazigos e rituais memoriais.
Fonte: News On Japan








