A transição para a vida adulta, entre os 18 e 25 anos, é um período em que hábitos prejudiciais à saúde — como sedentarismo, consumo de fast food, tabaco e álcool — tornam-se mais comuns. Apenas um em cada quatro jovens mantém comportamentos saudáveis nessa fase, segundo pesquisadores.
Dados mostram que as doenças cardíacas, tradicionalmente associadas a pessoas mais velhas, estão aumentando entre os jovens: a taxa em menores de 40 anos mais que dobrou desde 2010 e triplicou entre fumantes. A enfermeira e pesquisadora Jewel Scott, da Universidade da Carolina do Sul, alerta que fatores como hipertensão, obesidade e glicemia elevada já aparecem em pessoas no início dos 20 anos, moldando a saúde cardiovascular futura.
O tabagismo e o uso de nicotina — que passaram de 21% para 43% entre jovens de 18 a 23 anos entre 2002 e 2018 — são os principais vilões, seguidos pela obesidade: um em cada cinco jovens tem IMC acima de 30. Ainda assim, menos da metade reconhece esses fatores como riscos para o coração.
A especialista destaca que políticas públicas e fatores sociais, como acesso a planos de saúde, moradia, educação e conexões sociais, também influenciam a saúde cardíaca. Apesar de avanços trazidos pela Lei de Assistência Médica Acessível, o uso de cuidados preventivos ainda é baixo.
Em relatório recente da Associação Americana do Coração, Scott e colegas apontam oito fatores modificáveis — os “8 Essenciais” — para prevenir doenças cardíacas: evitar nicotina, praticar atividade física regular, dormir bem, manter dieta equilibrada e monitorar pressão, glicose, colesterol e peso.
A pesquisadora conclui que adotar hábitos saudáveis e realizar exames preventivos desde cedo pode garantir um coração mais forte e uma vida mais longa.
Fonte: Japan Today









