Isso é algo muito comum de acontecer… No começo é aquela empolgação, mas não demora muito, para que a empolgação inicial seja substituída pelo desânimo, que por sua vez faz com que a pessoa desista do aprendizado do japonês no meio do caminho. A culpa para isso acontecer se dá por vários motivos: Aprendizado lento e ineficaz, falta de estímulo ou de um objetivo consistente.
Pra quem mora no Japão, aprender o idioma é mais do que obrigatório. Até consegue-se viver no país sem dominar o idioma, mas a vida acaba tornando-se muito limitada, sendo necessário depender de intérpretes em consultas médicas, para resolver questões burocráticas na prefeitura ou na imigração, além de uma série de outros desafios que a falta de fluência nos impõe no dia a dia.
Outros motivos que fazem muitas pessoas desistirem de aprender o japonês, especialmente os que moram no Japão é a falta de tempo, decorrente das longas jornadas de trabalho ou pelo fato de não encontrar professores adequados, que ensinam o idioma de maneira fácil e prática…
E quando encontramos algum curso no Japão que oferece aulas de japonês, acabamos ficando desestimulados pois na maioria das vezes só podemos frequenta-lo uma vez por semana e a falta de uma metodologia eficiente acaba por tornar as aulas chatas e desinteressantes.
Por estes motivos muitos acabam desistindo, além de outros motivos até piores, como a falta de comprometimento. Pra aprender um novo idioma, é necessário muita dedicação e comprometimento. Sem isso, é praticamente impossível aprender. Conforme a dificuldade aumenta, o que mais se vê são pessoas que inventam uma série de desculpas para desistir dos estudos.
Meta, objetivo e comprometimento…
Para aprender um idioma, seja qual for, é preciso ter uma meta, um objetivo forte que seja maior do que qualquer obstáculo que a língua nos impõe ou qualquer desculpa que possamos inventar…
Cursar uma faculdade no Japão, sair do kaisha e buscar um emprego melhor, com menos carga horária e menos estressante, abrir um negócio próprio, auxiliar os filhos na escola… enfim, quando temos uma meta clara ou um motivo realmente forte para aprender japonês, fica mais fácil alcançar esse objetivo.
No Japão, acabamos ficando acomodados por causa das facilidades… muita coisa chega até nós traduzido em português, placas e nomes de estações de trem escritas em romaji… Tudo isso nos coloca em uma posição muito cômoda e pensamos que é possível viver no Japão sem dominar o idioma. De fato é, mas aprender o idioma nos proporciona uma qualidade de vida muito melhor.
Muitas portas profissionais se abrem… a convivência com os japoneses melhora bastante também, pois de modo geral, os japoneses tem muita admiração pelos estrangeiros que se esforçam em se comunicar com eles e isso acaba impondo mais respeito além de dar mais auto-confiança na hora de conversar com eles. Quando não sabemos bem o idioma, ficamos travados e a conversa não flui…
É possível aprender japonês sozinho?
E pra quem estuda sozinho? É possível aprender japonês? É possível em alguns casos, mas não é uma tarefa muito fácil!! É preciso garimpar muito na internet e geralmente bons conteúdosestão em outros idiomas, especialmente em inglês… Mas se você é autodidata, persistente e gosta de desafios (e não desiste fácil ao se deparar com os obstáculos), é possível aprender sim.
Mas o que faz realmente diferença é o seu comprometimento com o estudo… De nada adiantará estudar sozinho, na melhor escola, com o melhor professor ou com o melhor método de aprendizagem, se você não tiver disciplina, força de vontade e um objetivo consistente!
Atualmente, existem muitas formas de aprender japonês, seja através de cursos de idiomas presenciais ou cursos online. E cada um deve escolher aquele que melhor se adapta às suas condições financeiras, horários, localização e objetivos (a curto, médio ou longo prazo).
7 dicas para aprender um novo idioma
Rafael Lanzetti é um brasileiro poliglota de 32 anos. Ele domina 11 idiomas: Além do português, ele fala inglês, alemão, holandês, francês, italiano, espanhol, sueco, grego, hebraico e romeno. Ele deu essas 7 dicas para quem quer aprender um novo idioma, seja qual for.
1. Tenha disciplina
15 minutos por dia, todos os dias, são mais que suficientes. Pense bem: se você faz duas horas de curso por semana (lembrando que a hora-aula dura 50 minutos), você estuda 100 minutos, contra 105, do método diário.
2. Tenha motivação
Descubra línguas e culturas que sejam interessantes. Seja por um plano de viagem, por músicas, cinema, literatura, afinidade ou mesmo amor, ter um objetivo ao aprender uma língua facilita muito o processo.
3. Comece cedo
Estudos já provaram ser possível ensinar até cinco línguas pra crianças até os 7 anos de idade. Treine com seus filhos, pratique, não tenha vergonha! Seu filho, no futuro, irá agradecer.
4. Não existe língua difícil
Existem línguas mais distantes. Estima-se que um brasileiro de classe C saiba por volta de 200 palavras em inglês, mesmo sem ter frequentado aulas, graças à exposição diária ao idioma. Tudo depende da sua dedicação.
5. Escreva, fale e ouça
Ao aprender um idioma novo, você trabalha quatro habilidades – duas ativas (falar e escrever) e duas passivas (entender e ler). Equilibre seus estudos entre cada uma das habilidades.
6. Seja persistente
Em algumas línguas, você fala mais rápido que outras, devido a peculiaridades ou semelhanças com o português. Não se desespere, uma hora o idioma vai fluir.
7. Não tenha medo de errar
Imagine que, mesmo em nossa língua materna, cometemos pequenas “barbaridades” todos os dias. Como imaginar que, em um novo idioma, você terá que ser perfeito?
Fonte: Japão em Foco