A lógica que utilizamos para fazer diversas escolhas em nossas vidas, é a da necessidade: se necessito de algo, vou em busca daquilo.
A necessidade pode ser considerada como o essencial para se sobreviver. Veja bem: sobreviver, estamos falando de uma sobrevida e não de fato, de uma vida abundante e satisfatória. Estamos falando aqui de uma vida com o mínimo de que se precisa para viver.
Esta lógica pode guiar sua escolha de profissão, de carreira a seguir dentro desta profissão, a escolha de um lugar para morar, e pode até mesmo guiar a sua escolha de parceiros (as) amorosos (as).
Acontece que, sistematicamente e não em raras ocasiões, tendemos a escolher permanecer em relações insólitas e vazias, apenas pela lógica da necessidade. Acreditamos piamente que, sem aquele carinho ou atenção, nossa vida se tornaria imensamente mais sem graça do que já é.
Costumamos dar valor e sentido à nossa existência apenas se estamos dentro de uma relação, não importa qual seja a sua qualidade e se de fato é autêntica.
Nossos dias passam a ser orientados em função do outro; ajustamos rotinas e agendas para caber na vida de quem, sistematicamente, nos mostra que não cabemos em sua vida.
Afinal de contas, o outro só nos oferece aquilo que tem em abundância e cabe a nós decidir se aceitamos ou não o que nos é oferecido.
Você toma partido de suas escolhas ou as deixa nas mãos de outro alguém?
As pessoas só poderão nos oferecer aquilo que já têm conhecimento e experiência, e é inútil querer que ofereçam mais do que o seu grau de maturidade permite naquele momento.
Ao invés de esperar virtudes de quem não as tem, mude você a sua visão de mundo e atitudes. Busque o autoconhecimento como fonte.
Quando a autoestima está bem, quando o amor-próprio reina em sua vida, você é capaz de decidir para onde quer ir e quem deve ou não permanecer ao seu lado nesta caminhada.
Muitos “nãos” precisarão ser ditos, muitos “ alguéns” serão deixados para trás na caminhada, mas a única pessoa que não pode ser deixada para trás é você!
Relacionamentos não podem ser pautados pela lógica da necessidade, do contrário, você terá apenas o mínimo. Aceitará menos do que sabe que merece, por medo de se lançar ao desconhecido e investir em si mesmo, sem agendas predefinidas ou encontros programados de final de semana.
Mas você tem a coragem de se negar a aceitar o mínimo?