Todos sabem que refrigerantes fazem mal à saúde, mas a maioria das pessoas não entende o real perigo, principalmente se forem consumidoras assíduas desse tipo de bebida. Diversas análises e pesquisas já foram realizadas acerca do assunto, mas na última segunda-feira (18) um estudo publicado na revista Circulation revelou informações extremamente importantes.
Ciências nutricionais, no geral, não podem ser consideradas totalmente exatas. A razão disso é que muitos dados são coletados a partir de declarações pessoais, como massa muscular, quantidade de exercícios diários e dietas; portanto, não é possível precisar se as pessoas entrevistadas estão exagerando ou omitindo algo.
Para tornar o estudo o mais confiável possível, uma equipe de Harvard analisou o estilo de vida de 37.716 homens e 80.647 mulheres entre os anos de 1986 e 2014. Eles relacionaram o consumo de longo prazo de bebidas adocicadas (artificialmente ou não) ao risco de mortalidade nos Estados Unidos, e, obviamente, os tão amados refrigerantes e sucos de caixinha entraram na lista.
A equipe acompanhou a saúde dessas pessoas durante décadas e, dessa forma, pôde estudar os impactos causados por cada estilo alimentar. Além de outras informações, os indivíduos analisados comunicaram a quantidade de bebidas gaseificadas com açúcar ou adoçante que consumiam por semana e por mês.
Por que evitar o refrigerante?
Os resultados revelaram que consumidores frequentes de tais bebidas estavam mais propensos a ter doenças cardíacas ou já possuíam esse diagnóstico. Além disso, aqueles que bebiam refrigerante mais de duas vezes por dia apresentaram um aumento de 31% no risco de mortalidade e de doenças no coração. Se você quiser fazer as contas, descobrirá que cada refrigerante ingerido aumenta em 10% as suas chances de ter uma doença cardíaca, sobretudo se essa prática acontecer no longo prazo.
O estudo constatou que até um consumo “moderado” desses produtos pode ser altamente prejudicial. Pessoas que bebem refrigerante vez ou outra também devem ficar atentas: de acordo com os cientistas, elas possuem chances maiores de desenvolver doenças como câncer de mama ou câncer cervical.
Açúcar ou adoçante?
Apesar de tantos riscos, ninguém é de ferro e grande parte da população continuará consumindo refrigerantes. Mas eis a pergunta: qual é a “melhor” alternativa para reduzir os danos? Com base nos resultados do estudo, substituir o refrigerante comum por uma opção com adoçante artificial pode reduzir em até 4% o risco de morrer e em 5% o risco de desenvolver uma doença grave.