O imperador Akihito e a imperadora Michiko, do Japão, celebraram nesta quarta-feira (10) o sexagésimo aniversário de casamento — o último antes da abdicação do imperador, em 30 de abril, em favor de seu primogênito, Naruhito.
Akihito, de 85 anos, e Michiko, de 84, participaram de um ato no Palácio Imperial de Tóquio, no qual foram homenageados por membros da família imperial — entre eles Naruhito e sua esposa, Masako. Os monarcas receberam também os representantes dos três poderes do Estado: o primeiro-ministro, Shinzo Abe; os presidentes das duas Câmaras parlamentares e o chefe do poder judicial, informou a agência estatal de notícias “NHK”.
O príncipe Naruhito e a princesa Masako irão assumir o Trono de Crisântemo em 1º de maio. Neste dia, acontecerá um ritual a portas fechadas. Já a cerimônia oficial de subida ao trono será em 22 de outubro, em um ato no Palácio Imperial, com a presença de milhares de convidados e delegações mundiais.
O imperador Akihito e a imperadora Michiko recebem o príncipe herdeiro Naruhito, a princesa herdeira Masako, o príncipe Akishino e a princesa Kiko durante a celebração que marca o 60º aniversário de seu casamento no Palácio Imperial de Tóquio, nesta quarta (10). — Foto: Imperial Household Agency of Japan/Handout via Reuters
A previsão era de que o casal celebrasse as bodas de diamante em um jantar, no qual estarão presentes Naruhito e Masako, o príncipe Fumihito com a esposa, Kiko, e a filha mais nova dos imperadores, Sayako — que deixou a família imperial quando se casou em 2005 com um plebeu, como estipula a lei.
Akihito e Michiko se casaram em 10 de abril de 1959, em cerimônia amplamente seguida pelo público — o primeiro casamento imperial transmitido ao vivo pela televisão.
O imperador Akihito e a imperadora Michiko acenam para simpatizantes durante uma aparição pública para as celebrações de Ano Novo no Palácio Imperial em Tóquio, em janeiro deste ano. — Foto: Issei Kato/Reuters
A figura de Michiko, de origem plebeia, que fez cursos em instituições mundialmente reconhecidas como as universidades de Oxford (Reino Unido) e Harvard (EUA), e criada no catolicismo, se transformou em emblema da modernização do país e gerou admiração e críticas entre as alas progressistas e mais conservadoras de Japão.
Eles se conheceram em agosto de 1957 em um torneio de tênis realizado na cidade montanhosa de Karuizawa.
“Sempre esteve ao meu lado, compreendeu meus pensamentos e me apoiou na minha posição e deveres oficiais”, disse Akihito em entrevista coletiva realizada em comemoração aos seus 85 anos, em dezembro, quando não poupou elogios para sua esposa.