Não é difícil ver pessoas questionando: mas, e as plantas? Elas são inteligentes? Sentem dor? Não é de hoje que cientistas se debruçam para descobrir até que ponto elas possuem consciência e o campo da neurobiologia vegetal é responsável por estudar seu comportamento complexo. Após anos e anos de pesquisas, cientistas sugerem que as plantas não apenas têm consciência e inteligência, como teriam evoluído a ponto de ter entre 15 e 20 sentidos, como as habilidades humanas de cheirar, provar, ver, tocar e ouvir.
Os primeiros estudos e experimentos nessa área iniciaram em 1966, quando Cleve Backster já se dedicava a estudá-las e também a seus “comportamentos”. O ex agente da CIA descobriu, por meio de experimentos, que havia atividades elétricas nelas. Apesar de ter dado o pontapé inicial, os seus estudos ficaram adormecidos, mas receberam um impulso adicional em 2006, quando um artigo publicado no Trends in Plant Science, mostrava uma equipe de biólogos argumentando que o comportamento de uma planta não é apenas produto de processos genéticos e bioquímicos e declaram que um novo campo da neurobiologia vegetal deve nascer para entender melhor as plantas.
Eric D. Brenner, biólogo molecular americano, Stefano Mancuso, fisiologista italiano, František Baluška, biólogo eslovaco, e Elizabeth Van Volkenburgh, biólogo americano afirmam que essa área de pesquisa “tem como objetivo entender como as plantas processam as informações que obtêm de seu ambiente para desenvolver, prosperar e reproduzir da melhor maneira”.
Além de explicarem que elas mostram comportamentos coordenados por algum tipo de “sistema integrado de sinalização, comunicação e resposta”, respondendo a variáveis ambientais, os cientistas explicam que as plantas utilizam sinal elétrico, produzindo sustâncias químicas semelhantes aos neurônios em animais, o que permite que umas respondam às outras. A partir disso, os autores argumentam que as plantas possuem inteligência e os estudos apontam que elas evoluíram a ponto de ter entre 15 e 20 sentidos separados. Stefano Mancuso afirma que as plantas pensam de maneira diferente, utilizando inteligência distribuída.
Mas, também há críticas e Lincoln Taiz, professor aposentado de fisiologia de plantas da U.C. Santa Cruz é, talvez, o principal crítico. Para ele, as chances de isso ser verdade são “efetivamente nulas. As plantas não possuem nem requerem consciência”.