Você se interessa por antigas civilizações e tem certa atração por temas relacionados com sarcófagos, múmias, necrópoles, esqueletos e afins? Então você vai curtir conhecer um pouquinho sobre um sítio arqueológico chamado Karajía que se encontra logo ali, no Peru. E a galera achando que o país “só” tinha Machu Picchu para oferecer…
Mortalhas nas alturas
Segundo o pessoal do site Amusing Planet, Karajia fica a cerca de 60 quilômetros de distância da cidade de Chachapoyas, situada na Província de Luya, e lá que se encontram os tais sarcófagos. Mais especificamente, os ataúdes se encontram em uma saliência presente em um paredão de rocha que está a mais ou menos 200 metros do fundo do vale, e a datação por radiocarbono apontou que os artefatos foram produzidos há 600 anos pela Cultura Chachapoya. Veja:
Os sarcófagos — seis no total, embora existam vestígios de que havia outros 2 que provavelmente despencaram paredão abaixo durante o terremoto que atingiu a região em 1928 — são foram esculpidos a partir de mistura de argila, ramos e pedrinhas que foi aplicada sobre uma estrutura vegetal, e medem 2,5 metros de altura.
As mortalhas, como você pode conferir na imagem a seguir, contam com cabeções mostrando expressões sérias e são compostos por torsos enormes e sem braços. Ademais, alguns dos sarcófagos foram “enfeitados” com crânios humanos — que os arqueólogos acreditam ser antigos “troféus” de guerra. Reparou?
Descobertas
Sobre os ocupantes dos sarcófagos, segundo o Amusing Planet, eles provavelmente eram indivíduos importantes para a comunidade, e foram colocados nos interiores dos caixões acompanhados de diversas oferendas. O legal é que o fato de as mortalhas se encontrarem em um local tão alto e de difícil acesso manteve os saqueadores de túmulos bem longe — e permitiu que elas se mantivessem relativamente intactos por todo esse tempo.
E como é que se sabe essas coisas todas a respeito dos sarcófagos? Embora o terremoto e as intempéries tenham levado à destruição de 2 deles, esses eventos deram aos arqueólogos a oportunidade de estudar os caixões e seus conteúdos sem ter que profanar os que ainda se encontram dispostos no paredão.
Aliás, conforme descobriram os arqueólogos, os mortos eram colocados em posição fetal e tinham seus corpos posicionados sobre peles de animais e envolvidos por uma espécie de casulo feito de hastes e ramos. Depois, essa estrutura era coberta com a mistura que mencionamos acime, feita de argila, pedrinhas e ramos, e o sarcófago ia sendo moldado.
Por fim, a cabeçona era esculpida e colocada no topo dessa “cápsula mortuária”, o “corpo” recebia uma camada de tinta branca e o sarcófago era adornado com padrões e desenhos variados pintados em ocre. Fascinante, você não concorda?