Desde os ataques que a Arábia Saudita sofreu em suas refinarias de petróleo, muitas especulações sobre o uso de drones e seu poder de destruição voltaram à tona. Desta vez, a China é apontada como envolvida nas questões relacionadas aos conflitos no Oriente Médio.
De acordo com Mark Esper, secretário de defesa dos Estados Unidos, que abordou o assunto durante a conferência sobre inteligência artificial na Comissão de Segurança Nacional, realizada no último dia 4, a China estaria exportando drones autônomos que podem matar pessoas.
A China, nos últimos anos, tem dado atenção a diversas regiões buscando aumentar sua participação e influência em alguns países da Ásia, do Oriente Médio e mesmo da África. Diversos investimentos em infraestrutura são realizados e, por isso, não seria de se espantar que a China também encare os conflitos na região do Oriente Médio como uma oportunidade para vender os produtos produzidos por sua indústria bélica.
De acordo com Defense One, a empresa chinesa Ziyan está exportando um modelo de drone Blowfish A3 que seria capaz de atuar em missões mais complexas. Composto por hélices e armado com uma metralhadora, devido à sua alta precisão, o drone teria alto poder letal. Além disso, um outro modelo de drone, nomeado Blowfish A2, já estaria sendo vendido aos governos da Arábia Saudita e do Paquistão.
O Paquistão, inclusive, já possui relação próxima com a China. Em 2015, foi assinado o projeto do Corredor Econômico China-Paquistão (CPEC em inglês) que abrange cooperações nas áreas de energia e transporte.
Acredita-se que drones tenham sido usados pela primeira vez durante a invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos, em 2001. A princípio, os drones eram produzidos apenas por poucos países, como Estados Unidos e Israel.
Foi apenas com o passar dos últimos anos que a China também conseguiu maior protagonismo e hoje pode ser apontada como uma das potências responsáveis pela disseminação de drones no Oriente Médio, o que cria mais um capítulo na corrida armamentista, aproximando da realidade um cenário que outrora era visto como futurista.