China, Japão e Coreia do Sul concordaram em trabalhar juntos para promover o diálogo entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte. A afirmação foi do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, nesta terça-feira (24), após uma cúpula entre os três países na China.
A Coreia do Norte estabeleceu um prazo até o final do ano para os EUA mudarem o que diz ser uma política de hostilidade em meio a um impasse nos esforços para progredir em sua promessa de encerrar o programa nuclear do Norte e estabelecer uma paz duradoura.
O líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o presidente dos EUA, Donald Trump, se encontraram três vezes desde junho de 2018, mas não houve progresso substancial no diálogo enquanto o Norte exigia que as sanções internacionais esmagadoras fossem levantadas primeiro.
Falando na cidade chinesa de Chengdu, no sudoeste da China, após uma reunião com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, Moon disse que os três países concordaram com a necessidade de uma comunicação estreita.
“Coreia do Sul, China, Japão, os três países concordaram em continuar com estreita comunicação e cooperação para a desnuclearização e a paz duradoura na Península Coreana”, afirmou Moon em entrevista coletiva.
“Nós compartilhamos a opinião de que a paz na Península Coreana é do interesse comum dos três países e decidimos trabalhar juntos para garantir que a desnuclearização e a paz continuem através do diálogo imediato entre a Coreia do Norte e os EUA”, acrescentou.
Li disse que os três líderes reafirmaram a necessidade de buscar uma resolução para a questão norte-coreana via diálogo e que os três cooperassem nesse sentido.
A China é o principal apoiador econômico e diplomático da Coreia do Norte, embora Pequim tenha se irritado com os repetidos testes de mísseis e nucleares de Pyongyang.
O enviado especial dos EUA para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, se reuniu com dois diplomatas chineses durante sua visita de dois dias a Pequim na semana passada, após reuniões semelhantes na Coreia do Sul e no Japão dias antes, enquanto diplomatas fazem tentativas de última hora para impedir novos confrontos.
Pequim, juntamente com a Rússia, propôs na semana passada que o Conselho de Segurança das Nações Unidas levante algumas sanções no que chama de tentativa de romper o impasse atual e procurar obter apoio.
Mas não está claro se Pequim pode convencer Seul e Tóquio a romper com Washington, o que deixou clara sua oposição e pode vetar qualquer resolução.