O panorama do Coronavírus é assustador. No entanto, apesar de os avanços científicos para encontrar um tratamento sejam lentos, algumas novidades trazem esperança. A mais recente é a de um antigripal japonês que se tem mostrado eficaz contra a COVID-19.
Esta possível solução, junta-se a outras como vacinas experimentais desenvolvidas pelos EUA e pela China.
Até ao momento, os dados do Coronavírus mostram que existem 349.187 infetados, 15.298 mortos e, felizmente, 100.338 casos recuperados. Há, para já, 192 países afetados pela pandemia, e a Itália continua a ser o mais grave, já com 59.138 casos confirmados, 5.476 mortes a lamentar e 7.024 recuperados.
Em Portugal, os dados de hoje indicam 1.600 pessoas infetadas, 14 mortos e 5 pessoas recuperadas.
Ao nível de avanços científicos, estes têm dado passos curtos, mas têm surgido cada vez mais novidades importantes.
Antigripal japonês Favipiravir mostra-se eficaz contra a COVID-19
Há um antigripal japonês que tem mostrado resultados satisfatórios na luta contra a pandemia da COVID-19.
Chama-se Favipiravir e é um medicamento experimental, originalmente desenvolvido para tratar doenças como, por exemplo, Ébola, Zika, Febre Amarela, entre outras.
Segundo informações do The Guardian, o tratamento com este antigripal tem-se mostrado significativamente eficaz no combate ao vírus SARS-CoV-2. Segundo os relatórios, o Favipiravir acelera o processo de cura dos doentes infetados.
De acordo com dois estudo que envolveram 340 pacientes, em Wuhan e Shenzen, na China, verificou-se uma redução de tempo na eliminação do vírus do corpo, face a outros tratamentos.
Zhang Xinmin, oficial do Ministério da Ciência e Tecnologia da China, afirmou que o antigripal foi desenvolvido por uma subsidiária da Fujifilm. Aos jornalistas, Zhang disse na última terça-feira que o medicamento:
Tem um alto grau de segurança e é claramente eficaz no tratamento.
Os resultados dos estudos mostraram que 91% dos pacientes apresentaram melhorias nas radiografias pulmonares, após administração do Favipiravir.
Os doentes infetados eliminaram o vírus no espaço de 4 dias após início do tratamento. Ou seja, perto de 1/3 do tempo do que demora com a administração de outro medicamento.
Para oficializar o método, é agora necessário fazer mais testes e estudos.
No entanto uma fonte ligada ao Ministério da Saúde japonês, refere que existem algumas limitações e entraves no Favipiravir, uma vez que não se mostrou eficiente em pessoas com sintomas severos. O Ministério referiu ao Mainichi Shimbun, um dos mais importantes jornais diários do Japão, que administrou Avigan (medicamento com Favipiravir), mas detetou ineficácia nalguns casos:
Demos Avigan a 70 ou 80 pessoas mas não deu resultado quando o vírus já se havia multiplicado.
Já se desenvolveram algumas ‘soluções’ no combate ao COVID-19
Perante todo este drama, há algumas boas notícias. Assim, foi já criada a primeira vacina experimental, nos EUA, e outra criada pela China a entrar em testes a humanos. Para além disso, investigadores australianos também descobriram a defesa imunológica contra o COVID-19.
Também a Universidade de Oxford desenvolveu um teste rápido para a deteção da infeção. Portanto, ainda vai demorar, mas já não falta tudo.