O Japão retomará a reforma fiscal quando a economia superar o impacto da pandemia de coronavírus, disse o primeiro-ministro, Shinzo Abe, deixando de lado os pedidos de alguns parlamentares para continuar gastando permanentemente com dinheiro impresso pelo banco central.
O governo prometeu gastar um total de 2,2 trilhões de dólares em dois pacotes de estímulo para amortecer o golpe econômico da pandemia, enquanto o banco central se comprometeu a comprar quantidades ilimitadas de títulos para segurar os custos dos empréstimos em zero.
“A economia do Japão está enfrentando uma crise, então a prioridade agora é usar todos os meios disponíveis para colocá-la em uma trajetória de recuperação”, disse Abe ao Parlamento nesta segunda-feira, quando perguntado sobre como o Japão reconciliará os enormes gastos com a necessidade de corrigir suas finanças esfarrapadas.
“Ao alcançar o crescimento econômico, o Japão poderá restaurar a saúde fiscal.
Mas isso não significa que o Japão possa aumentar a dívida infinitamente”, disse ele, acrescentando que o governo retomará os esforços para melhorar a saúde fiscal do país quando a economia se estabilizar.