O Leste Asiático é famoso por sua culinária, digamos, excêntrica — basta ir em uma feira na China para ter a oportunidade de comer, por exemplo, espetinhos de barata, escorpião e outros seres que os ocidentais estão acostumados a olhar com nojo. Bom, costumes são costumes. Só que aquela região do planeta também parece ser um tanto sádica na hora de preparar alguns pratos, fazendo todo o possível para ver os animais sofrendo.
Uma dica de amigo: se você for vegetariano, talvez esta seleção não lhe caia muito bem. Vamos dar uma olhada?
1) Crustáceo alcoólatra
Colocar lagostas vivas em água fervente é algo relativamente comum por aqui, mas, lá na China, os chefs de cozinha resolveram aumentar um pouco o sofrimento de outros crustáceos famosos: camarões. O prato em questão se chama “drunken shrimp” (literalmente “camarões bêbados”) e existem diversas variantes — às vezes, os bichinhos são submergidos em licor e ingeridos vivos, enquanto outros preferem fazê-los nadar em vinho para só então cozinhá-los.
Há até uma explicação para isso: o álcool ajudaria a matar eventuais bactérias ou parasitas que estejam nos crustáceos, mas… Não tinha um jeito menos sádico de fazer isso?
2) Um, dois, três…
É pouco provável que você sinta alguma vontade de comer filhotes de rato para início de conversa — mas, prosseguindo, esta aqui é outra especiaria muito comum na China (mais especificamente, na província de Cantão). O prato é chamado de “three squeaks” (“três gritos”, em uma tradução livre), e faz alusão à quantidade de urros que os pobres neonatos emitem até que estejam efetivamente mortos.
A receita é simples: consiga uns ratos recém-nascidos, espete-os com palitinhos de madeira (primeiro grito), afogue-os em um molho apimentado de sua preferência (segundo grito) e dê uma boa mordida partindo o pobre roedor em dois (terceiro grito). Pois é.
3) Tá quente aqui ou é só eu?
Sopa de tartaruga. Um antigo livro chinês de culinária resume este prato de uma forma muito simples: coloque três tartarugas vivas em uma panela com água gelada. Ferva lentamente. E é isso. Acontece que, diferente das crenças populares, ferver animais aquáticos “aos poucos”, inserindo-os na água gelada antes, não é o suficiente para anestesiá-los — eles sofrem com o aumento da temperatura do mesmo jeito.
Como se tal crueldade já não fosse controversa o suficiente, tal prato é amplamente criticado por países ocidentais por utilizar espécimes que estão em risco de extinção. E, no fim das contas, qual é a dificuldade de, pelo menos, desmaiar as pobres tartarugas de uma forma mais humana antes que elas se desesperem dentro de uma panela com água fervendo?
4) “Me ajude, eu estou morrendo”
Comum no Japão, Ikizukuri não é exatamente uma receita, mas sim um método de preparo de sashimi que pode ser aplicado a vários animais aquáticos — os mais famosos são os salmões, mas polvos e lagostas também costumam ser vítimas. O termo significa literalmente “preparado vivo”, e é exatamente isso que acontece.
O cliente escolhe o bicho que será torturado, o chef faz alguns cortes especiais (que, embora retire a “sujeira” do interior de seu corpo, mantém o peixe vivo) e o prato é servido com o animal ainda respirando pelas guelras — e, provavelmente, se perguntando porque a vida é tão dura. Eca!
5) Passaram dos limites
Embora (felizmente) essa prática já não seja tão popular na China, não poderíamos deixá-la de fora da China. O “Huo Jiao Lu” (ou “Jumento Vivo Fresco”) é outro prato simples: pegue um jumento, amarre suas pernas, amarre-o de cabeça para baixo e vá cortando partes de sua carne para servir seus clientes ali, na hora, enquanto o pobre animal agoniza com seu bucho sendo aberto aos poucos.